Música, breakdance, folclore e percussão no espetáculo de abertura da Braga'25
Porto Canal/ Agências
Um espetáculo que junta Mariza, Iolanda e Dino d’Santiago, bailarinos de breakdance e de folclore e grupos de percussão vai marcar o arranque da Braga’25 - Capital Portuguesa da Cultura, em 25 de janeiro, anunciou esta segunda-feira a organização.
Segundo o programador John Romão, curador do espetáculo, nos três palcos instalados na Avenida Central vão atuar cerca de 210 artistas, num “diálogo interdependente”.
No dia de abertura, haverá também um concerto pelo Grupo de Cantares de Mulheres do Minho com o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga.
Esta segunda-feira, em conferência de imprensa, foi apresentado o programa para os meses de janeiro a abril da Braga’25, com a coordenadora do evento, Joana Fernandes, a destacar, desde logo, a primeira exposição em Portugal da curadora de arte norte-americana Kim Gordon.
Joana Fernandes destacou ainda a presença, em finais de fevereiro, de Tiago Rodrigues, com a peça “No Yogurt for the Dead”, a mais recente criação do encenador e dramaturgo português, que estará em cena no Theatro Circo, em 27 e 28 de fevereiro, antecedida em alguns dias por "By Heart", projeto anterior do atual diretor do Festival d’Avignon.
“Temos um programa de excelência, qualidade e diversidade”, referiu.
A coordenadora deu conta de que a Braga’25 reunirá, no total, 180 parceiros locais, 50 parceiros nacionais e 40 internacionais.
Exposições em cinco quiosques da cidade e instalações nos autocarros dos Transportes Urbanos de Braga são outras das propostas para os primeiros quatro meses da “capital”.
O diretor do Departamento de Cultura e Turismo da Câmara de Braga, Porfírio Correia, enfatizou a aposta na descentralização cultural, com um programa que vai levar as mais variadas atividades culturais às 37 freguesias e uniões de freguesias do concelho.
Apontou ainda o encontro de ilustração Braga em Risco, que vai levar à cidade 12 artistas internacionais, e ainda o festival Convergências, que junta artistas de Portugal e da Galiza, de áreas como a música, dança, do teatro e cinema, além de tertúlias e exposições.
Para o presidente da Câmara, Ricardo Rio, a Braga’25 pretende afirmar a cidade “como um grande polo de vitalidade cultural”, tanto a nível nacional como internacional.
A programação tem por objetivo fomentar a participação dos agentes culturais “da casa”, mas também envolver “grandes artistas nacionais e internacionais”.
Haverá parcerias com instituições como o Teatro Nacional Dona Maria II, o Teatro Nacional S. João, a Companhia Nacional de Bailado e a Fundação de Serralves.
Mão Morta, Sérgio Godinho & Os Assessores, Six Organs Of Admittance & Norberto Lobo, Panda Bear, a música de Carlos Paredes por Mário Laginha e de Steve Reich pelo Drumming - Grupo de Percussão de Miquel Bernat, a dança de Vera Mantero e o jazz de Susana Santos Silva, mais o teatro de Mário Coelho, com "Quando Eu Morrer, Vou Fazer Filmes no Inferno!", também estão no programa dos primeiros meses de Braga'25.
“O objetivo é que Braga se abra ainda mais à cultura”, referiu, sublinhando que o executivo que lidera tem vindo a reforçar “substancialmente” o investimento naquele setor.
Em outubro, na apresentação da programação global da Braga'25, foram também anunciados os nomes de Maria João Pires, Marco Martins, da dupla de coreógrafos Meg Stuart e Francisco Camacho, da dança de Allison Orr e do arquieto Manuel Bouzas, curador da representação espanhola na próxima Bienal de Veneza, num “grande festival” de arte e arquitetura.
Na altura, foi avançado um orçamento de 13,5 milhões de euros para Braga'25.
Segundo Ricardo Rio, nos dias atuais, o objetivo é que até 2027 a cultura absorva oito por cento do orçamento municipal.