Avenida do Douro na Régua deverá reabrir até ao próximo inverno

Avenida do Douro na Régua deverá reabrir até ao próximo inverno
| Norte
Porto Canal/ Agências

A reconstrução de um muro de suporte da Avenida do Douro, na Régua, representa um investimento de 7,3 milhões de euros e a obra deverá estar concluída até ao próximo inverno, foi esta segunda-feira anunciado.

Uma derrocada do muro de suporte, junto ao rio Douro, levou ao corte a 05 de março de 2024 de um troço da Avenida do Douro, a principal via de ligação do Peso da Régua a Mesão Frio e, depois, à Autoestrada 4 (A4), em Amarante.

“É impressionante e estávamos aqui a comentar de que se há uma aplicação boa para o Fundo Ambiental é para projetos deste género. O Fundo Ambiental vai financiar a reconstrução segura, forte no valor de 7,3 milhões de euros, uma obra que durará no máximo nove meses a um ano”, afirmou esta segunda a ministra do Ambiente e Energia.

Maria da Graça Carvalho falava aos jornalistas durante uma visita ao local da derrocada na Avenida do Douro, concelho do Peso da Régua, no distrito de Vila Real.

“Não estava à espera que fosse desta dimensão”, salientou a governante, referindo-se à extensão da derrocada de muro e de via.

Em novembro, o Governo autorizou o Fundo Ambiental a realizar a despesa e a assumir os respetivos encargos plurianuais, no montante máximo de 7,3 milhões de euros, para os anos de 2024 e 2025.

“Será com certeza muito mais segura do que o que estava, também passaram 30 anos, a engenharia evoluiu, vai ser com microestacas, betão e, portanto, ficará uma obra mais segura do que o que estava, para que nunca mais volte a acontecer”, referiu a ministra.

Mais tarde, já numa sessão na câmara, Maria da Graça Carvalho, realçou que “nunca como nos dias atuais se sentiu tão tranquila como uma decisão” que tomou desde que é ministra.

O presidente da Câmara da Régua, José Manuel Gonçalves, acrescentou que o concurso público internacional “vai ser lançado ainda esta semana” e frisou que o que se pretende é “repor rapidamente a normalidade na via”.

“Vamos fazer um concurso público internacional, mas também urgente, para uma redução do prazo sem que fique em causa a transparência e a concorrência e, a partir daí, depois são os prazos normais que esta obra tem”, referiu o autarca social-democrata que disse esperar que os prazos sejam cumpridos e a obra esteja concluída até ao próximo inverno.

O autarca frisou que quer concentrar as suas forças em que o “processo concursal avance, que avance todo o processo de contratação pública e de submissão ao Tribunal de Contas e avançar de imediato com a obra".

A avaliação às causas da derrocada foi feita por diferentes entidades, públicas (Agência Portuguesa do Ambiente) e privadas, e concluiu que teve a ver com a erosão da margem e a cedência da base do muro que provocou o deslizamento. É no troço em causa que o rio Douro mais se aproxima da via.

O autarca referiu que naquela zona do rio há “uma corrente permanente” e salientou que a navegabilidade do Douro por um lado “traz gente e melhora a economia”, mas, por outro lado, “também ajudou à erosão que aconteceu neste ponto”.

A via foi construída há cerca de 30 anos e está assente em aterro e tem, no troço em causa, habitações próximas.

José Manuel Gonçalves disse ainda que, se entretanto as condições meteorológicas se agravarem, nomeadamente em termos de chuva, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) irá monitorizar o local da derrocada, salientando que a prioridade “é a salvaguarda das pessoas”.

Devido à derrocada, o município procedeu ao corte de trânsito nos dois sentidos da Avenida do Douro, entre a Rotunda do Marquês e o entroncamento com a Rua Augusto Vieira, num troço da EN 108.

Esta rua estreita serve agora como alternativa para os veículos ligeiros, enquanto os pesados estão a ser desviados, nomeadamente para as autoestradas A24 e A4.

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