PSD/Santo Tirso revela vontade da Santa Casa para investir no hospital local
Porto Canal/ Agências
O PSD/Santo Tirso revelou hoje a disponibilidade da Santa Casa da Misericórdia local para investir no hospital da cidade e na ampliação das valências na sequência do anúncio do Governo da transferência de gestão para a União das Misericórdias.
Em comunicado enviado à Lusa, o partido, que não esclarece os valores que a Santa Casa está disposta a investir, revelou as conclusões da reunião ocorrida na terça-feira entre o presidente do PSD/Santo Tirso e candidato à Câmara, Ricardo Pereira, e o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, José Pinto, em que para além de confirmada a “disponibilidade para um investimento direcionado à modernização das instalações e à ampliação de valências” o responsável da Santa Casa deu a “garantia de acessibilidade dos serviços aos utentes através do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
Questionada pela Lusa, fonte da Santa Casa revelou que “o valor a investir está dependente das negociações que irão decorrer com o Governo”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou em 12 de dezembro que a ministra da Saúde já estava a trabalhar com algumas Misericórdias, como as de São João da Madeira e de Santo Tirso, “para a transferência dos respetivos hospitais para as mãos das Misericórdias”.
No comunicado, o partido informa ainda que “foram apresentadas as ideias e os planos para adequar as instalações do hospital à legislação vigente, incluindo a intenção da criação de um serviço de pediatria, modernização do bloco operatório e o respetivo alargamento da reposta cirúrgica” bem como o “desejo de implementar novas especialidades, como urologia, cirurgia vascular e ortopédica, atendendo às crescentes necessidades da população local”.
Na nota de imprensa, o partido assegura que “os direitos laborais serão respeitados” e critica a “falta de fundamentação nas críticas políticas”, afirmando que “não existe um ‘ranking’ oficial que demonstre a suposta excelência da Unidade Local de Saúde do Médio-Ave nos últimos anos, já que a sua criação data de 1 de janeiro de 2024”.
Assumindo um “compromisso com soluções a longo prazo”, prossegue o comunicado, o PSD/Santo Tirso “defende a construção de um novo hospital público como solução estrutural e de futuro, mas reforça que a mudança de gestão é uma resposta imediata às necessidades urgentes dos munícipes”.
O anúncio do primeiro-ministro foi contestado pelo presidente da Câmara de Santo Tirso, Alberto Costa, que no dia seguinte pediu uma reunião com caráter de urgência à ministra da Saúde, Ana Paula Martins e que, segundo o próprio até à última sexta-feira não obtivera resposta.
Entretanto, uma delegação do PS, mais o autarca de Santo Tirso, reunião na sexta-feira com a administração do hospital, tendo no final a deputada Sofia Andrade revelado à Lusa que os responsáveis daquela unidade de saúde “desconhecem as condições” em que esta irá funcionar após a transferência da gestão para a União de Misericórdias Portuguesas.
A deputada socialista considerou ainda tratar-se de mais uma tentativa do Governo de “privatizar e tentar atacar aquilo que é o Serviço Nacional de Saúde”.
Na mesma data, Alberto Costa informou também que vai reunir-se com a Santa Casa da Misericórdia [de Santo Tirso), para perceber que informação tem, com os representantes dos trabalhadores do hospital, para perceber os seus anseios e que perguntas querem ver respondidas pela tutela, e com o PCP e BE de Santo Tirso para concertar posições.