FC Porto: De volta a casa para a última “jornada-chave” de 2024
Porto Canal
O 151.º dérbi da Invicta arranca às 20h30 no Estádio do Dragão, palco de 76 duelos e 61 vitórias frente ao Boavista. Se conseguirem replicar o registo feliz obtido nas últimas três partidas em casa frente aos axadrezados, os homens de Vítor Bruno dormirão na liderança do campeonato antes do clássico entre Sporting e Benfica, que se defrontam amanhã à noite.
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O Boavista dá “indicadores” que pedem um estado “de alerta permanente”, “escala sempre para níveis de intensidade muito próprios” nos dérbis e por isso Vítor Bruno espera um jogo de “nível elevado” em que os portistas terão de estar “emocionalmente ligados, mas com cabeça fria” para vencerem “um adversário com qualidade” que trabalha “com detalhe e minúcia”. No fundo, “um dérbi é um dérbi e um dérbi tem de ser ganho”.
“A margem está reduzida por não estarmos na posição em que queremos estar”, explicou em conferência de imprensa um treinador ciente de que “o que se passa fora de casa não interessa” e que o resultado do dérbi de Lisboa “servirá de pouco” se o trabalho não for bem feito no Dragão. Só a vitória importa para os azuis e brancos cumprirem “o maior desejo” do treinador, que é “entrar no dia 1 de janeiro num lugar acima” do atual, de preferência na liderança.
Para o duelo com os axadrezados, o técnico ainda não poderá contar com Francisco Moura, que “está fora e ainda vai estar algum tempo”, e Marko Grujić. Em sentido contrário, João Mário “reintegrou o trabalho com o grupo e estará disponível”.
Antes de o treinador perspetivar o dérbi, também Nico González e Martim Fernandes haviam apontado a mais “uma jornada-chave” em que é preciso “muita intensidade, agressividade, tentar jogar bom futebol e dominar o adversário”. “O outro jogo [dérbi de Lisboa] pode colocar-nos onde merecemos estar, que é o primeiro lugar. Espero que, quando a jornada acabar, estejamos todos muito felizes”, frisou o médio espanhol em consonância com o jovem lateral direito, que quer “continuar com as vitórias, sempre com a baliza a zeros” e ultrapassar um Boavista que vem “ao Dragão com a faca no pescoço”: “É um dérbi da cidade do Porto, é malta do Norte, com muita raça. Vai ser uma partida engraçada para se jogar”.
João Gonçalves, assistido em campo por João Bessa Silva e Ângelo Carneiro e auxiliado no VAR por João Pinheiro e Luciano Maia, vai dirigir um encontro com lotação esgotada. As portas abrem às 19h00, mas a animação pré-dérbi começa às 18h30 na Friendzone com música, muitas diversões e o habitual Street Food Market.
Este FC Porto-Boavista é também a oportunidade perfeita para ajudar quem mais precisa através da campanha “Porto Presente”, que reuniu mais de 10 mil brinquedos na receção ao Estrela da Amadora e convida agora os adeptos a contribuírem com bens alimentares não perecíveis. Os bens recolhidos serão doados a instituições parceiras do clube.
Uma pantera feroz longe do habitat natural
17.º classificado da Liga, o adversário desta noite conseguiu nove dos 12 pontos que somou em 15 jornadas a jogar como visitante. Às vitórias em Rio Maior (Casa Pia) e em Barcelos (Gil Vicente), o plantel às ordens de Cristiano Bacci acrescentou empates na Amadora (Estrela), em Guimarães (Vitória SC) e na Choupana (Nacional), ainda antes de ter vendido cara a derrota em Alvalade (3-2).
Dragão tem as chaves da cidade
Os números contam que o FC Porto tem sido superior frente ao Boavista, principalmente no papel de anfitrião. Em 150 dérbis da Invicta, os Dragões venceram 103 contra apenas 23 dos axadrezados, que em casa dos azuis e brancos só triunfaram em cinco ocasiões, um número bastante inferior às 61 vitórias dos portistas.
Na última década, a superioridade manteve-se. O FC Porto venceu 18 das 21 partidas realizadas nesse período temporal, tendo havido ainda três empates: um nulo (2014) e uma igualdade a dois (2021) no Dragão e um 1-1 no Bessa, curiosamente no primeiro jogo de 2024.