Pedro Passos Coelho e Santos Silva oradores em cimeira de geoeconomia no Porto
Porto Canal/ Agências
O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e o ex-presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva vão intervir na cimeira sobre geoconomia, quarta-feira, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), foi anunciado esta terça-feira.
Promovida por um grupo de estudantes daquela faculdade, a cimeira apresenta ainda como oradores a antiga deputada Zita Seabra, o ex-presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia Luís Filipe Menezes, os antigos ministro José Vieira da Silva e José Azeredo Lopes, estando o encerramento a cargo do secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, elenca o comunicado enviado à Lusa.
“Como o futuro do país depende dos mais jovens, sendo sua responsabilidade contribuir para o debate informado”, o grupo de estudantes que organiza a cimeira quer levar para a FEP as questões centrais do debate sobre geoeconomia e política internacional em Portugal, assinala a nota de imprensa.
Acrescenta a organização que “um mês depois das eleições americanas e no momento em que a nova Comissão Europeia toma posse, os jovens devem fazer parte da discussão e devem contribuir para o debate público de ideias”.
Assinalam ainda os promotores que no centro das intervenções dos 14 oradores convidados e dos debates que se seguirão vão estar os desafios estratégicos da União Europeia (UE) e das suas relações com os Estados Unidos da América (EUA) e com a China.
“Segundo estudos recentes, as desigualdades entre os países continuam a perpetuar barreiras ao progresso global. Já este ano, o Banco Mundial alertou que os países menos desenvolvidos estão a divergir do grupo das economias mais ricas pela primeira vez neste século, agravando as tensões sociais e políticas”, refere o comunicado.
E prossegue: “um relatório do Instituto Económico Alemão afirma que, num cenário em que tanto a UE como os EUA impõem tarifas sobre as importações de 20% um ao outro, tal pode resultar numa perda do PIB de cerca de 1,3% na EU-27. Por outro lado, é ainda evidente que a Europa enfrenta uma crise de identidade que, em última instância, coloca em causa o seu papel como ator global”.