A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) querem medir os gases emitidos durante o Rali de Portugal e propor medidas compensatórias dos custos ambientais, foi esta terça-feira anunciado.

“A extensão daquilo de que melhor se faz na academia às atividades diárias de algumas práticas desportivas, nomeadamente a mitigação dos impactes decorrentes do desporto automóvel (como eficiência na utilização da água ou otimização da gestão de resíduos nestes eventos), constituem uma mais-valia para levar o conhecimento e investigação fora de portas”, afirma o reitor da academia transmontana, Emídio Gomes, citado em comunicado.

Minimizar o impacto e compensar os custos ambientais do desporto automóvel são precisamente os objetivos que unem a UTAD, em Vila Real, e a FPAK.

Estas entidades vão trabalhar para que, já na próxima edição do Rali de Portugal, se possam medir os gases emitidos pelos motores e identificar as medidas compensatórias a propor.

“A FPAK assumiu a sustentabilidade ambiental como uma prioridade na sua relação com a sociedade, sendo que a ligação com as universidades portuguesas é considerada prioritária para o aprofundamento e o conhecimento dos impactes das alterações climáticas e dos processos de emissões e de captura de dióxido de carbono (CO2) no desporto automóvel”, afirma, também citado no comunicado, o diretor da FPAK com responsabilidade na área da sustentabilidade ambiental, Pedro Barros Pereira.

A UTAD e a FPAK subscreveram um protocolo de cooperação com vista à promoção de iniciativas para informar, educar e esclarecer todos os públicos, desde praticantes, equipas técnicas, oficiais de provas, entidades organizadoras, adeptos à população em geral, sobre boas práticas ambientais.

Nesse sentido, será ainda ministrada formação aos quadros e agentes da FPAK para atualização das suas competências técnico-profissionais ao nível da sustentabilidade ambiental.

O anunciou foi feito durante a terceira edição da Semana da Sustentabilidade da universidade transmontana, que se prolonga até quinta-feira, uma iniciativa que pretende mostrar, discutir e consciencializar para práticas mais sustentáveis, seja na área ambiental, social, urbana ou tecnológica.

O comunicado da UTAD refere que o desporto motorizado é tido como uma das modalidades mais poluentes do mundo, mas “tem vindo a comprometer-se com uma imagem ‘mais verde’, através da plantação de árvores nas imediações dos circuitos ou da utilização de energias renováveis”.

Desde 2022 que a FPAK adotou um Código de Sustentabilidade Ambiental, tornando-o obrigatório em todos os eventos organizados este ano.

Com este protocolo de cooperação, a UTAD passará a ter assento na Comissão de Sustentabilidade Ambiental da FPAK e integrará o júri da primeira edição do prémio de sustentabilidade ambiental da FPAK, um galardão que vai distinguir a mais inovadora prática ambiental.