IC2 reabriu em Águeda após aluimento de terras que deixou cratera gigante à vista

IC2 reabriu em Águeda após aluimento de terras que deixou cratera gigante à vista
SkyView - Manuel Ferreira
| Norte
Porto Canal/Agências

O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), Miguel Cruz, disse esta segunda-feira que, “graças à colaboração das várias entidades, foi possível antecipar em um mês” a reabertura do IC2 em Serém, Águeda.

Miguel Cruz falava aos jornalistas na reposição da circulação rodoviária naquele troço do IC2, encerrado desde a noite de 12 de março devido a uma derrocada de terras, sendo o momento da reabertura saudado pelo buzinar de vários camionistas.

Miguel Cruz salientou a complexidade da obra, observando que, além da reposição do piso para permitir restabelecer as condições de circulação em segurança, foi preciso desenvolver um projeto que permitisse evitar a repetição da derrocada.

“Uma obra desta natureza é complexa, já que é feita depois de uma situação climatérica extrema, e tivemos de assegurar que no futuro o desabamento não voltasse a acontecer”, sublinhou Miguel Cruz.

O presidente do conselho de administração da Infraestruturas de Portugal comentou ainda que, apesar da urgência da obra, “foram cumpridos todos os prazos dos procedimentos de contratação pública”, em estreita colaboração com a Câmara e com as juntas de freguesia.

Quanto às causas da derrocada, segundo Miguel Cruz ficaram a dever-se a um evento climatérico extremo, em que os terrenos ficaram saturados de água.

“Cada vez mais ocorrem eventos desta natureza e o importante é assegurar, no planeamento de novas obras, que são introduzidos mecanismos que possam minimizar o impacto”, comentou ainda.

O presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, agradeceu o empenho da IP na solução do problema e lembrou os sacrifícios da população de Serém, que além de ficarem temporariamente sem aquele acesso viu as ruas da povoação serem “invadidas” por intenso tráfego, nomeadamente de pesados.

“Tudo vai voltar à normalidade” assegurou, dizendo aos populares que compareceram no local a testemunhar a reabertura que “a obra foi feita para ficar, porque onde antes era um aterro de areia foram depositados milhares de metros cúbicos de pedra”.

A empreitada implicou um investimento de 3,2 milhões de euros da IP, faltando finalizar, segundo o seu presidente, alguns trabalhos de reposição da paisagem.

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