Um golo nos descontos da primeira parte e outro nos descontos da segunda ditaram a derrota do FC Porto diante da Lazio (2-1), no Estádio Olímpico de Roma, na 4.ª jornada da fase de liga da Liga Europa. Vítor Bruno confessou estar “profundamente desgostoso com o resultado”, mas há que “melhorar e dar passos em frente, pois não podemos perder jogos desta forma”. “Temos de atacar forte o próximo jogo, com o ADN Porto que queremos que a equipa tenha”, acrescentou o treinador, aludindo ao clássico com o Benfica do próximo domingo (20h45).

Uma análise ao jogo
“Estou profundamente desgostoso com o resultado, é absolutamente injusto para aquilo que fizemos durante o jogo. Podíamos ter marcado primeiro e depois sofremos no último segundo da primeira parte num lance estranho. Entrámos bem na segunda parte, chegámos ao empate, estávamos bem no jogo e no lance final sofremos a derrota. São dores de crescimento de uma equipa jovem e em maturação, pois já com o Manchester United foi o que foi e hoje igual. Temos de crescer em cima dos erros, saber onde temos que melhorar e dar passos em frente, pois não podemos perder jogos desta forma. Queremos sempre muito ganhar, mas há momentos em que temos de olhar para o jogo e perceber aquilo que pede. Temos de crescer em cima de erros como os de hoje, pois queremos que aconteçam o menos possível, ainda que sejam o reflexo de uma equipa jovem e que está a crescer.”

Dualidade de critérios
“Ficou à vista de todos. Aquele lance do Eustáquio no início parece-me evidente. Na segunda parte há um lance de potencial segundo amarelo para um jogador da Lazio. Pareceu-me sempre a empurrar para um lado e não a dividir. São critérios estranhos que não entendemos, mas é o que é. É normal o presidente ter mostrado indignação, pois esteve à vista de todos.”

As contas na Liga Europa
“Está tudo em aberto, estão 12 pontos em disputa e há que olhar para um jogo de cada vez. Nada está fechado e há muitas equipas que ainda se podem qualificar. Este formato obriga a andar sempre perto da perfeição.”

Vem aí o clássico com o Benfica
“Agora é andar para a frente e não chorar sobre o leite derramado. Agora é ir ao detalhe para que isto não se volte a repetir. As bases não são as melhores para o processo de recuperação, mas vamos dar aos jogadores as melhores condições possíveis para chegarem ao jogo no máximo das suas capacidades. Temos de atacar forte o próximo jogo, com o ADN Porto que queremos que a equipa tenha. A mossa que fica deste jogo é a de quem não está habituado a perder, mas é uma mossa que tem de passar rápido. Temos de atalhar caminho e atacar o jogo como temos de atacar. Sei os jogadores que tenho no balneário e a revolta por este resultado é grande.”