STCP bate o pé e aponta problemas graves à operação da Linha 203 no canal do metrobus

STCP bate o pé e aponta problemas graves à operação da Linha 203 no canal do metrobus
Foto: Transportes XXI - Leandro Ferreira
| Porto
João Nogueira

Após realizar os testes da linha 203 no canal do metrobus, no final de outubro, a STCP concluiu que a operação “é insegura, ineficiente e comercialmente desvantajosa, comprometendo a integridade do serviço e a segurança dos passageiros”. Num relatório enviado à autarquia, a empresa aponta que a via do metrobus não permite operações contrassentido e houve até um autocarro que ficou danificado.

 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 

Uma publicação partilhada por Porto Canal (@porto.canal)

A análise focou-se nas manobras dos autocarros, que, ao tentarem operar num espaço destinado ao metrobus, encontraram desafios significativos. As faixas de circulação exíguas, as plataformas de paragem com altura e configuração desajustadas, e as inserções em contrassentido foram identificadas pela empresa como fatores críticos que impedem uma operação segura.

A largura das faixas, por exemplo, revela-se totalmente inadequada para operações que exijam manobras não lineares. “Durante os ensaios, constatou-se que, ao tentar aproximar-se das estações, o veículo enfrenta dificuldades em manter-se na sua faixa sem galgar o traço contínuo e invadir a via contrária ou em alternativa terá que alargar a distância percorrida em contrassentido”, pode ler-se no relatório enviado à Câmara do Porto e ao Grupo de Trabalho da Assembleia Municipal do Porto.

Autocarro danificado em Pinheiro Manso

A STCP concluiu que é desfavorável a utilização do canal BRT pela linha 203 e que este cenário compromete a integridade do serviço, a segurança dos passageiros e de veículos que circulam nas vias contíguas. A empresa enumera situações práticas que demonstram a inoperacionalidade.

Constatou-se que os autocarros enfrentavam dificuldades ao aproximar-se das estações, invadindo frequentemente a via contrária, afetando a visibilidade e a segurança.
Na estação de Pinheiro Manso, por exemplo, um dos autocarros colidiu com o cais ao tentar aproximar-se, “resultando em danos na carroçaria do veículo”.

Além disso, a empresa sublinha que operação da linha 203 na estação "Casa da Música" é inviável. Isto porque há limitações físicas que dificultam a entrada em contrassentido na Rotunda da Boavista e a subsequente integração no canal segregado.

Tempo médio de operação mais curto

O Linha 203 demora em média, na sua operação normal, cerca de 43 minutos. Com a operação adaptada ao metrobus, o trajeto foi reduzido para 41 minutos. Tal permitiu uma leve redução no tempo do percurso, mas essa melhoria foi considerada insuficiente para justificar a alteração da operação da linha 203 para o canal BRT.

Considerando os resultados, a STCP recomenda a adoção de sistemas de guiamento para melhorar a aproximação dos veículos às plataformas. “Este guiamento pode ser realizado por meio de tecnologias de suporte, sejam com sensores óticos, ou por meio de elementos físicos que orientem o veículo até uma posição segura de acostagem”, aponta a empresa no final do relatório.

+ notícias: Porto

São João organiza jornadas de psicologia para fomentar a prevenção na saúde mental

O serviço de Psicologia do Hospital de São João, no Porto, organiza esta quinta-feira e sexta-feira as jornadas “Prevenção, Promoção e Intervenção: a Psicologia na continuidade de cuidados”, evento com 200 inscritos que conta com apresentações, debates e ‘workshops’.

Uma mulher desaparecida após incêndio no Centro do Porto

Uma mulher está desaparecida após o incêndio que deflagrou na tarde desta quarta-feira, numa pensão na Rua Cimo da Vila, no Centro do Porto. A informação foi confirmada pela PSP do Porto, que avançou que a investigação está a cargo agora da PJ.

Eis o futuro da Circunvalação entre a CUF e o hospital Magalhães Lemos

A obra de de execução de passeios e estacionamento num "ponto negro rodoviário" entre os hospitais da CUF e Magalhães Lemos, foi adjudicada pela Infraestruturas de Portugal (IP), em setembro e deverá arrancar em janeiro de 2025. Falta ainda o visto do Tribunal de Contas.