"O resultado foi melhor do que a exibição, mas o importante era ganhar"
Porto Canal
Após uma derrota e um empate nas duas primeiras jornadas, o FC Porto estreou-se a vencer na fase de liga da Liga Europa ao bater nesta quinta-feira o Hoffenheim, por 2-0, no Estádio do Dragão. Vítor Bruno reconheceu que “a primeira parte não foi exatamente o que tínhamos planeado” e que houve “uma preocupação excessiva em controlar a linha média adversária”, mas “mais importante do que a exibição, era o resultado”. “Neste formato, à mínima falha, fica-se para trás, nós e qualquer equipa. É um formato que exige andar sempre perto da perfeição e muito comprometidos com aquilo que é nosso, sabendo que cada jogo é uma oportunidade de ganhar”, finalizou o treinador.
Um resumo do jogo
“A primeira parte não foi exatamente o que tínhamos planeado, queríamos ter o máximo de bola possível, fazer o adversário correr e dançar, mas tivemos dificuldades em controlar o jogo. Na fase final da primeira parte soltámo-nos, mas acho que, na generalidade, foi sempre um jogo dividido. Fizemos o golo no fim da primeira parte e durante o intervalo procurámos corrigir algumas coisas para a segunda, mas tivemos uma preocupação excessiva em controlar a linha média adversária, o que também pode ser culpa nossa pela mensagem que passámos. No geral, fiquei contente com a atitude dos jogadores e com a forma como se entregaram. Mais importante do que a exibição, era o resultado. O resultado foi melhor do que a exibição, mas o importante era ganhar.”
O 2-0 foi essencial
“Com o segundo golo, a equipa estabilizou, sentiu-se mais cómoda e, talvez, mais aliviada. Os golos sofridos nos jogos anteriores da Liga Europa podem pontualmente estar metidos na cabeça dos jogadores, que por vezes querem demasiado guardar a nossa baliza, o que faz com que baixemos em demasia. A verdade é que, no meio de tudo isto, o adversário só fez um remate enquadrado em todo o jogo. A partir do 2-0, senti a equipa mais calma e mais serena. Foi uma vitória muito importante.”
As alterações feitas durante o jogo
“A questão das cinco substituições acaba por ser uma falsa questão. Não é por haver falta de qualidade, mas por vezes sentimos a necessidade de manter tudo encaixado e não mexer. O Gonçalo entrou muito bem e o Danny também, apesar de terem tido pouco tempo de jogo, menos do que mereciam. O que me deram em cinco minutos deixou-me muito satisfeito, pois entregaram-se e foram à luta. No momento em que a equipa sente que tem de guardar uma vantagem preciosa, a equipa tende a resguardar-se.”
Três pontos importantes na luta europeia
“Mantenho o que disse anteriormente. Para mim, não há jogos de vida ou de morte, pode é haver uns com um grau de importância maior do que outros, mas no FC Porto todos os jogos são importantes. Aqui, o hábito de conquista tem de ser permanente e a equipa de se entregar aos jogos e ganhar, ganhar e ganhar.”
O novo formato da Liga Europa
“Ninguém vai ter nada como adquirido. Neste formato, à mínima falha, fica-se para trás, nós e qualquer equipa. É um formato que exige andar sempre perto da perfeição e muito comprometidos com aquilo que é nosso, sabendo que cada jogo é uma oportunidade de ganhar.”