A busca pelo quarto título consecutivo na Taça de Portugal arranca este domingo à tarde no Estádio José Gomes, casa emprestada do primeiro adversário do FC Porto numa caminhada que se espera longa. A partir das 17h00, na Reboleira e na RTP1, os vencedores das últimas três edições da prova rainha defrontam o Sintrense três anos depois de terem goleado o atual líder da Série D do Campeonato de Portugal, na altura em Massamá.

 

 

 

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De então para cá muita coisa mudou. Os autores dos cinco golos já não vestem de azul e branco - Evanilson bisou, Sérgio Oliveira também e Toni Martínez fechou as contas - e Vítor Bruno assumiu o comando técnico após sete temporadas marcadas por quatro vitórias em cinco finais (e por sete presenças nas “meias”). Para regressar ao Estádio Nacional, o treinador portista tem que superar o primeiro de uma mão cheia de obstáculos até Oeiras.

Sem competir há duas semanas, desde que venceu o SC Braga no Estádio do Dragão (2-1), o FC Porto trabalhou sem sete internacionais - Diogo Costa (Portugal), Vasco Sousa e Rodrigo Mora (sub-21), Marko Grujic (Sérvia), Eustáquio (Canadá), Deniz Gül (Suécia Sub-21) e Samu (Espanha sub-21) - e manteve os índices competitivos realizando três treinos com jogo no Olival. O guarda-redes, o médio canadiano e o avançado espanhol só se juntaram aos colegas este sábado.

Fran Navarro e Martim Fernandes assinaram os remates certeiros frente ao Arouca (2-0), João Mário, Nico González, Iván Jaime e o próprio Navarro fixaram o resultado em 4-0 diante do Amarante antes de Galeno e André Franco marcarem os golos contra o Varzim (2-0).

Para superar um Sintrense “que tem feito uma caminhada excelente na sua divisão, que ainda não perdeu, bem trabalhado e organizado”, Vítor Bruno irá “casar quem esteve com quem não esteve e montar o melhor onze para passar à próxima eliminatória”. Esse é o desejo do técnico desejoso de “alcançar a 22.ª vitória consecutiva na Taça” e de “dar uma resposta forte enquanto equipa”.

Porque “quem está no FC Porto tem sempre metas ambiciosas”, o treinador portista promete “respeitar o adversário e ser humilde” porque “para chegar ao Jamor é preciso fazer um percurso bem sedimentado, com passos seguros” e só um grupo de atletas “humildes, ambiciosos, respeitadores e com muita vontade” conseguirá “ganhar e passar à próxima eliminatória”.

O 20.º triunfo dos Dragões em finais da Taça alargou para 21 o número de triunfos consecutivos na competição e para 41 a sequência de jogos a faturar. Nesses 41 encontros, os detentores do título perderam apenas um no tempo regulamentar - em março de 2021, quando cederam a vaga no Jamor com um desaire caseiro (2-3) após o empate em Braga (1-1) na primeira mão da meia-final.

Em contraponto com as 326 vitórias azuis e brancas em 454 embates da prova rainha (72%), o emblema de Sintra tem mais desaires (63) do que vitórias (57) e o melhor que conseguiu foi chegar aos “oitavos” na longínqua década de 1970. A história, a estatística e os orçamentos contam pouco a partir do momento em que o apito de Hélder Carvalho assinale o pontapé de saída na Amadora. Nas bancadas estarão mais de quatro mil portistas.