“O amor ao FC Porto vai comigo para a cova”
Porto Canal
91 anos de idade, 84 de sócio. Luís Bacelar, sócio número 4 do FC Porto, é um portista desde o berço, até porque “lá em casa não havia direito a ser outra coisa que não azul e branco”. Em setembro, foi um dos primeiros presentados por André Villas-Boas, que “gostava de rever”, com o novo cartão de sócio na cerimónia de apresentação do documento de identificação.
Filiou-se ao clube em 1940 e, na primeira visita ao Museu, um espaço “espetacular, lindíssimo e muito bem organizado” que é “digno de ser visitado, mesmo por quem não seja ligado ao desporto”, recordou com frescura o primeiro jogo a que assistiu: “O estádio na altura era o Campo da Constituição, o único que o clube tinha, pelado. Pela primeira vez, as duas equipas, FC Porto e Sporting, entraram em campo em fila indiana. Esse jogo terminou com um empate a dois golos. Lembro-me que, quando entrei, quis mostrar o cartão e os porteiros não ligaram nenhuma”.
“As melhores memórias são sempre aquelas em que o FC Porto ganhou e foi campeão”, começou por contar o associado que estava curioso por ver a Taça Arsenal “por causa da dificuldade que houve em reunir o dinheiro todo para a construir e pelo que ela representa: foi um feito do FC Porto perante uma equipa que, na altura, era das melhores que havia no mundo”. Neste seguimento, foi natural e rápido o surgimento na conversa da final de Viena, que lhe “proporcionou uma alegria” que durou “uns dias”, e a final da Taça Intercontinental, ou “o jogo da neve” a que assistiu “de madrugada”: “Foi uma alegria e depois voltei a dormir porque a diferença horária era enorme”.
Ao cabo de mais de oito décadas “intimamente ligado” a este emblema, o Roseta de Diamante não tem dúvidas de que “ser portista é um sentimento único que só sente quem realmente se liga ao FC Porto”: “É uma família, uma instituição sem a qual não viveria feliz”.
Uma galeria de troféus sem igual
“Estou a achar o Museu espetacular, lindíssimo e muito bem organizado. É um Museu digno de ser visitado, mesmo por quem não seja ligado ao desporto. É realmente uma visita que vale a pena ser feita. Nunca esperei que o Museu fosse assim. Excedeu todas as minhas expectativas em relação à qualidade e à organização. Lindíssimo! Representa o culminar de uma existência enquanto portista.”
A curiosidade de longa data
“[Estava curioso para ver a Taça Arsenal] por causa da dificuldade que houve em reunir o dinheiro todo para construir a taça e pelo que ela represente. Foi um feito do FC Porto perante uma equipa que, na altura, era das melhores que havia no mundo.”
As maiores alegrias de azul e branco
“[Os momentos que vivi mais intensamente foram] a final de Viena, que me proporcionou uma alegria que viveu comigo durante uns dias, e o jogo na neve, a final da Taça Intercontinental, que assisti de madrugada. Foi uma alegria e depois voltei a dormir porque a diferença horária era enorme. As melhores memórias são sempre aquelas em que o FC Porto ganhou e foi campeão. Não há dúvidas de que as boas memórias são dos títulos internacionais, dos campeonatos ganhos com tremenda dificuldade, mesmo com a qualidade que a equipa apresentava em determinados jogos. Era um espetáculo ver o FC Porto jogar naquela altura.”
O presidente
“Gostei muito, simpatizei muito com ele e gostava até de ter falado mais. Gostava de o rever e falar com ele. Foi muito significativo ter recebido o cartão de sócio na sua apresentação e ter sido logo feita uma referência à minha pessoa no arranque da cerimónia.”
Um amor eterno
“Ser portista é um sentimento único que só sente quem realmente se liga ao FC Porto. O FC Porto é uma família, uma instituição sem a qual não viveria feliz se não estivesse a ela intimamente ligado. O amor ao FC Porto vai comigo para a cova.”
A primeira memória
“Entrei como sócio no ano de 1940 e ainda me recordo do primeiro jogo que vi na condição de associado. O estádio na altura era o Campo da Constituição, o único que o clube tinha, pelado. Pela primeira vez, as duas equipas entraram em campo em fila indiana. Esse jogo terminou com um empate a dois golos. Lembro-me que, quando entrei, quis mostrar o cartão e os porteiros não ligaram nenhuma. Lá em casa não havia direito a ser outra coisa que não azul e branco. O meu pai era um fanático do FC Porto e eu também sou.”
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