Moreira sobre atraso das obras no Porto: "Prefiro que as pessoas se zanguem hoje, do que se revoltem amanhã"

Moreira sobre atraso das obras no Porto: "Prefiro que as pessoas se zanguem hoje, do que se revoltem amanhã"
Ana Torres | Porto Canal
| Porto
João Nogueira

“Prefiro que as pessoas se zanguem hoje, do que se revoltem amanhã”. As palavras são do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, face ao impacto das obras atuais, desde o metrobus à Linha Rosa, bem como a recente limitação dos tuk-tuks no centro da cidade.

O autarca falava numa conferência voltada para a mobilidade nos grandes centros urbanos, que decorreu esta terça-feira na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto.

Questionado sobre o metrobus, Rui Moreira declarou que “há um tempo de sacrifício” associado às obras de transporte público, e que, assim que a obra esteja concluída, “em poucos meses se vão esquecer”.

Contudo, o edil responsabilizou a Metro do Porto pela falta de comunicação: “Se tudo tivesse sido feito como a Metro do Porto anunciou, as portas (dos veículos) abriam no sítio certo. A verdade é que houve problemas na contratação pública e a Metro só tem de explicar esse constrangimento”, declarou o autarca.

Rui Moreira defendeu que a “autarquia devia ter mais voz” quanto aos projetos e obras em desenvolvimento por parte da Metro do Porto e manifestou estar “preocupado pela imagem que os portuenses têm do transporte público" e da empresa metropolitana, reconhecendo que “há uma degradação” devido aos atrasos e falta de comunicação nas frentes de obra atuais.

Justificando os investimentos no transporte público e o impacto das obras na cidade do Porto, o autarca portuense disse não achar que “há um excesso de turismo”, mas que é importante ter disponíveis estas estruturas também para os turistas.

Alinhado a esta postura, estão as mais recentes restrições aos tuk-tuks no centro do Porto: “A atividade deles não é compaginável com o crescimento da cidade”, referiu Rui Moreira, acrescentando não ser contra a turistificação ou a atividade voltada para esse ramo.

O novo regulamento define uma área de restrição que abrange 14 interseções no Centro Histórico do Porto, com sinalização adequada para orientar os condutores a escolherem percursos alternativos.

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