Quase sete mil carenciados apoiados pela AMI no primeiro semestre
Porto Canal / Agências
Quase sete mil pessoas em situação de pobreza foram apoiadas pela AMI no primeiro semestre deste ano, entre os quais 1.188 pediram apoio pela primeira vez, um aumento de 5% face ao período homólogo de 2023. Na passada quarta-feira, o Porto Canal noticiava que uma idosa está em risco de ficar sem teto, depois de ter sido alvo de uma ordem de despejo desencadeada pela AMI - Assistência Médica Internacional, atual arrendatária do apartamento onde vive há cinco anos.
Em comunicado, a AMI - Assistência Médica Internacional adianta que os seus serviços sociais apoiaram 6.772 pessoas, sendo a maioria naturais de Portugal (71%) e dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), com 9%.
Entre as 6.772 pessoas apoiadas pela AMI no 1.º semestre de 2024, a maioria (62%) está em idade ativa (entre os 16 e os 65 anos), sendo que 27% tem menos de 16 anos e 11% tem mais de 66 anos.
De acordo com a AMI, acima dos 16 anos, apenas 7% tem rendimentos provenientes de trabalho e, ainda assim, os mesmos revelam-se precários e insuficientes.
No que diz respeito ao serviço de distribuição de géneros alimentares, este chegou a 2.692 pessoas, que representam um total de 1.090 agregados e correspondem a um aumento de 23% em relação ao período homólogo do ano passado.
Foram entregues 5.766 cabazes, um aumento de 85% em relação a 2023, segundo a Fundação.
“O serviço do refeitório, sendo um dos mais utilizados, no 1.º primeiro semestre apoiou 1.002 pessoas, um acréscimo de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, servindo um total de 87.067 refeições”, refere a AMI.
Quanto ao serviço de roupeiro, segundo a AMI chegou a 1.735 pessoas num total de 867 agregados familiares.
A AMI adianta igualmente ter apoiado no primeiro semestre deste ano 1.015 pessoas em situação de sem-abrigo, 269 novos casos.
Na nota, a Fundação diz que as Equipas de Rua da AMI apoiaram 309 pessoas em situação de sem-abrigo, representando um aumento de 24% face ao período homólogo.
Os locais de pernoita mais frequentes são a rua ou o espaço público (35%), alojamento específico para pessoas em situação de sem-abrigo, como abrigos temporários ou de emergência (16%), pensão/quarto (11%) e a casa de familiares ou amigos por falta de outra opção (7%).
A AMI adianta ainda que o Apoio Social da Fundação realizou 7.808 atendimentos, acompanhamentos sociais e encaminhamentos.