Câmara do Porto adjudica requalificação do Bairro da Tapada por 2.9 milhões de euros
Porto Canal/Agências
A Câmara Municipal do Porto adjudicou por 2,9 milhões de euros a empreitada de requalificação do Bairro da Tapada, na zona das Fontainhas, à empresa Befebal II, segundo a informação disponível no Portal BASE de contratos públicos.
Consultado esta quinta-feira pela Lusa, o portal indica que o contrato de empreitada foi adjudicado a 18 de setembro.
Lançado em maio, o concurso público foi adjudicado à empresa Befebal II, sediada em Lousada, por 2.897.000 euros.
A empreitada, a cargo da empresa municipal Domus Social, tem um prazo de execução de 540 dias.
Aquando do lançamento do concurso, em maio, a Câmara do Porto adiantou que as obras deveriam começar no segundo semestre e que o bairro contará com 25 habitações ao longo de dois volumes.
O primeiro volume, de um piso, terá nove habitações de tipologia T1 e T2, enquanto o segundo, de dois pisos, contará com cinco T1, um T2 tríplex, cinco T2 duplex, um T1 duplex e três T1+1 duplex.
O projeto, da autoria do arquiteto André Tavares, prevê a instalação de um elevador, a criação de uma saída de emergência e a estabilização dos percursos exteriores. Atualmente, o atravessamento do bairro é feito através de uma escadaria, não existindo uma ligação vertical à cota superior.
Em 2018, a Câmara do Porto comprou o bairro da Tapada por um milhão de euros para garantir a função social do edificado e dos contratos de arrendamento existentes, acionando o direito de preferência e de modo a travar a especulação imobiliária naquele local.
A aquisição do bairro por parte da autarquia foi feita depois de ter sido noticiado que a empresa Baixa – Gestão de Investimentos Imobiliários pretendia transformar as casas em alojamento local, tendo adquirido todas as habitações, algumas com moradores.
Depois de adquirir o bairro, a autarquia transferiu a gestão do complexo habitacional para a empresa municipal Domus Social.
Em dezembro de 2021, o presidente da câmara, o independente Rui Moreira, afirmou que o município pretendia candidatar a requalificação do bairro ao 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação.
Implantado na Rua da Corticeira, no centro histórico da cidade, o bairro é constituído por 38 casas, 35 das quais arrendadas, segundo informação disponível na página da Internet do município.