Cineteatro da Feira encerra para obras
Porto Canal / Agências
O Cineteatro António Lamoso está encerrado para obras até final do ano, para a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira melhorar a segurança e qualidade das condições de som, luz e cenografia da caixa de palco.
Segundo revela esta sexta-feira essa autarquia do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, a empreitada vai custar quase 158.000 euros e, no último ano e meio, é a segunda intervenção a incidir sobre a chamada “teia” acima do palco, estrutura de 115 metros quadrados que garante ao palco a devida mecânica de cena, sustentando adereços, cenários e equipamentos de luz e som.
“A teia do Cineteatro foi construída em madeira, e posteriormente reforçada com vigas metálicas que, fruto de uma utilização frequente ao longo dos anos, se encontram deterioradas. Será substituída por uma estrutura metálica nova”, adianta fonte da câmara municipal.
A intervenção em causa chegou a estar programada para março de 2023, mas “atividades já programadas para a sala e os compromissos assumidos com agentes, companhias e associações não permitiram o início da obra no imediato”, sob risco de se perder financiamento já atribuído para essa programação.
Embora legalmente autorizado a dissolver o contrato seis meses após a assinatura, face ao protelar da autarquia, o empreiteiro em causa aceitou adiar o arranque da empreitada, consignada então mais de um ano depois.
“Nesse intervalo, as más condições da estrutura foram-se agravando e a equipa que gere o Cineteatro executou algumas ações de mitigação dos riscos e de reforço da segurança para continuar a acolher a programação assumida até que a obra tivesse início, prevenindo a ocorrência de qualquer fatalidade”, revela a câmara, situando em cerca de 50.000 euros o custo dessa obra “de remedeio”.
“Foi uma ação preventiva até que fosse possível suspender a programação da sala e avançar com a remodelação de fundo que agora se inicia”, realça.
Até dezembro de 2024, continua a haver programação com assinatura da equipa do Cineteatro António Lamoso, mas “de forma descentralizada”, o que significa que os espetáculos previstos se realizarão noutros auditórios e espaços culturais de cinco freguesias do concelho.
“Aproveitamos, portanto, o encerramento temporário da sala para uma ainda maior proximidade com as nossas comunidades”, conclui a mesma fonte.