Dois aviões reforçaram o combate em Vila Pouca de Aguiar

Dois aviões reforçaram o combate em Vila Pouca de Aguiar
Pedro Benjamim | Porto Canal
| Norte
Porto Canal / Agências

Dois aviões reforçaram pelas 13h30 desta quarta-feira o combate aos incêndios que lavram em Vila Pouca de Aguiar, segundo o comandante sub-regional da Proteção Civil do Alto Tâmega.

Artur Mota disse à agência Lusa que os aviões, uma parelha de alfas de Vila Real, vai atuar num primeiro momento na ocorrência que começou em Sabroso de Aguiar e que lavra numa zona de pinhal e próximo de aldeias, e que poderá seguir depois para Soutelinho do Mezio e Bornes de Aguiar.

O responsável referiu que, durante a tarde, regressarão ao terreno equipas de sapadores que estiveram a descansar, o que poderá elevar o número de operacionais para os 130.

A operar no teatro de operações estão também pelo menos cinco máquinas de rastos.

Neste concelho do distrito de Vila Real há, neste momento, quatro incêndios que avançam em seis frentes distintas.

O alerta para o primeiro incêndio foi dado pelas 07h30 de segunda-feira e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com as chamas a manterem-se ativas até esta quarta-feira.

De Vila Pouca de Aguiar as chamas galgaram para o concelho de Vila Real, por Covelo e Samardã, onde estão esta quarta-feira a atuar 83 operacionais e 24 veículos.

A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, já disse que em apenas três das 14 freguesias do concelho não houve alerta de incêndio desde segunda-feira, antevendo prejuízos enormes na floresta e agricultura.

Segundo Artur Mota, um outro incêndio que deflagrou no Planalto de Monforte, em Chaves, está em fase de resolução, mantendo-se os meios no terreno com o apoio de três máquinas de rastos.

Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), esta quarta-feira pelas 12h00, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.

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