Três frentes a ceder aos meios em Gondomar

Três frentes a ceder aos meios em Gondomar
Foto: Pedro Benjamim | Porto Canal
| Norte
Porto Canal/Agências

A Câmara de Gondomar informou esta quarta-feira que dos quatro focos de incêndio a lavrar desde segunda-feira no concelho apenas um, em Medas, continua ativo, estando as outras três frentes, Jovim, Jancido e Melres, a ceder aos meios.

Em comunicado, a autarquia refere que “as autoridades estão a gerir a situação com todos os meios disponíveis: 215 operacionais; 58 viaturas; dois meios aéreos”.

No total, há a registar oito bombeiros feridos, seis na segunda-feira e dois na terça-feira, um deles em estado grave, que continua hospitalizado.

Ainda segundo os dados disponibilizados, “não há desalojados nem perdas de primeiras habitações".

"Contudo, há registo de danos em estruturas anexas e armazéns de apoio e em duas oficinas, em Jovim”, acrescenta.

Foram realizadas evacuações preventivas em Covelo, Jancido (Foz do Sousa), e Branzelo (Melres).

Em relação à circulação rodoviária no concelho, a câmara refere que “está cortada a A41 entre Medas e Aguiar de Sousa e a A43 entre Gondomar e A41. Registam-se constrangimentos em vários arruamentos do concelho, que condicionam a circulação viária”.

Acrescenta que se mantém “o risco elevado de novos incêndios até amanhã, quinta-feira, dia 19, devido às condições meteorológicas, com ventos fortes que dificultam o combate e aumentam o risco de reacendimentos em zonas já controladas”.

Ao início da manhã, em declarações aos jornalistas, o presidente da autarquia, Marco Martins, apelou às autoridades para que disponibilizem mais meios para o combate ao incêndio, afirmando que “já não há bombeiros para substituir os que estão exaustos no terreno”.

“A noite foi terrível, as populações foram inexcedíveis e os bombeiros foram incansáveis, mas é um dia que começa dramático”, sobretudo na zona sul do concelho, em Medas.

O autarca insistiu no apelo: “Precisamos de sete ou oito aviões, neste momento o que temos são dois aviões ligeiros para ajudar quem está no terreno e precisamos também de rendição de quem está no terreno. As corporações não têm mais bombeiros para render. E estão desesperados”.

Os dados disponíveis na página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicam que, no total, abrangendo ocorrências em resolução e não significativas, pelas 08:30, estavam hoje no terreno 5.226 operacionais, cerca de 1.622 meios terrestres e 19 meios aéreos.

Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Coimbra, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, a A24, A25 e a A13.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam 47.376 hectares.

O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.

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