Moreira defende que Polícia Municipal do Porto precisa de ter efetivo de 400 agentes, quase o dobro do atual

Moreira defende que Polícia Municipal do Porto precisa de ter efetivo de 400 agentes, quase o dobro do atual
| Porto
Porto Canal / Agências

O presidente da Câmara do Porto defendeu que a cidade precisa de um efetivo de 400 agentes na Polícia Municipal e apela ao Governo ajuda para ter 300 agentes até final do ano ou início de 2025.

“Aquilo que nós gostaríamos era de ter 300 [agentes] até ao fim do ano ou até ao início do próximo ano”, declarou Rui Moreira aos jornalistas à margem da apresentação do novo programa de policiamento de proximidade, que decorreu no Mercado do Bolhão(Porto).

Rui Moreira e o comandante da Polícia Municipal do Porto, António Leitão da Silva, lançaram esta segunda-feira o novo programa de Policiamento Comunitário, uma iniciativa que pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido junto das comunidades escolar, sénior e sem-abrigo.

O novo projeto vai colocar agentes municipais ainda mais próximos da população, designadamente junto de centros de dia, lares de idosos, creches, e escolas.

O presidente da Câmara do Porto avançou que a autarquia está a dotar as novas instalações e também a resposta ao nível de fardamentos e frota de viaturas para ter um “efetivo de 400 agentes”.

“O número que nós calculámos para cumprir a sua missão neste momento cifra-se em 400. Percebemos que há um problema: a câmara municipal não os pode contratar, tem de os ir buscar à PSP. Se a manta da PSP é curta, a manta das polícias municipais também é curta”, lamentou, reconhecendo, por outro lado que é urgente avançar com a formação de novos polícias.

No discurso de apresentação do novo plano de policiamento de proximidade para a cidade do Porto, Rui Moreira admite que a cidade está confrontada com episódios de insegurança.

“Como sabem, e não podemos esconder, a cidade do Porto tem vindo a ser confrontada com episódios de insegurança. Os dados que são do conhecimento público, também as reclamações diárias que recebemos, indicam um agravamento dos furtos na via pública, da violência juvenil nas zonas de diversão noturna, do tráfico e consumo de droga no espaço público e até dos crimes de ódio contra imigrantes”.

Questionado pelo investimento sobre os 400 efetivos necessários para a cidade do Porto, Rui Moreira avançou que seria na ordem dos seis a sete milhões de euros e que é um valor compatível com o orçamento municipal da autarquia.

“O maior investimento que o município pode fazer é em recursos humanos, mas estamos a falar num valor à ordem de seis a sete milhões de euros completamente enquadrável naquilo que é o Orçamento Municipal do Porto”.

O orçamento da autarquia do Porto será apresentada no próximo mês de outubro e rondará os “500 milhões de euros”, disse Rui Moreira.

“A Câmara Municipal do Porto tem boas contas, não temos dívidas e, portanto, nós temos de nos concentrar naquilo que é mais importante para os cidadãos: a questão da mobilidade, para punir as práticas ilegais na condução, e a presença policial de proximidade, em que a polícia municipal (...) tem um efeito de indutor de bons comportamentos e de civismo”, disse.

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