Quantas pontes há sobre o rio Douro entre o Porto e Gaia?
Porto Canal
A construção da futura linha Rubi do Metro do Porto, que ligará as estações da Casa da Música e de Santo Ovídio, fará nascer uma nova travessia sobre o Rio Douro. Atualmente são seis as pontes que unem as margens da Invicta e de Vila Nova de Gaia, numa história já centenária. Cada uma com estilos e enredos diferentes que pintam a silhueta destas duas cidades vizinhas. Mas será que os portuenses sabem quantas pontes ligam as zonas ribeirinhas destes territórios?
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Seis, sete, cinco….ou até mesmo dez… As respostas são múltiplas, mas confluem nos rasgados elogios às infraestruturas que não passam despercebidas sobre o curso do Rio Douro.
Ao longo de séculos as populações ribeirinhas do Porto e Gaia sempre tiveram a necessidade e o desejo de comunicar entre si, de trocar bens e serviços, um traço que se mantém até ao dia de hoje e que marcam a dinâmica destas duas cidades.
“A Ponte Luís I é a mais bonita para mim. É um ícone da cidade”, é uma das frases mais ouvidas, não fosse esta um dos ex-libris de ambas as cidades.
“As cores combinam com o rio e o entorno também é maravilhoso. O trabalhado dela e as vistas que ela nos proporciona é fantástico”, é, igualmente, frisado.
“Há uma mistura muito interessante entre construções novas, mais antigas, que é uma coisa que nós, que somos brasileiros, não temos lá”, é outro dos comentários feitos.
Mas afinal quantas pontes há sobre o Rio Douro na cidade do Porto e quais são?
Ponte Dona Maria Pia
Foi a primeira ligação ferroviária da cidade, tendo a missão de conectar a capital e a Invicta, atividade que cumpriu durante 114 anos. Este foi o primeiro grande trabalho de Gustavo Eiffel no Porto. Constituído por um grande arco que suporta o tabuleiro ferroviário de 354 metros de extensão. Está, desde 1982, classificada como Monumento Nacional, estando fechada há mais de 30 anos.
Ponte Luís I
Inaugurada em 1886, a ponte que une Gaia e o Porto, sobre o rio Douro, é uma obra-prima da engenharia do ferro, sendo o cartão postal mais famoso da cidade. Exemplo de robustez, a construção chegou a ter o maior arco de ferro forjado do mundo com 395 metros, não sendo indiferente para ninguém.
A iluminação noturna da Ponte Luís I confere-lhe um ar cinematográfico, sendo uma das coqueluches para os turistas.
Ponte da Arrábida
Foi inaugurada a 22 de junho de 1963, sendo uma obra-prima da autoria do arquitecto Edgar Cardoso. A Ponte da Arrábida foi considerada Monumento Nacional no preciso ano em que se assinalam 50 anos desde a sua conclusão e abertura ao tráfego (2013). Afirmou-se como a primeira grande ponte sobre o rio Douro projetada e construída pela engenharia portuguesa.
O seu arco de betão armado era, à data da construção, em 1963, o maior alguma vez construído em pontes no mundo. E, desde 2016, para os mais audazes, é possível subir os 262 degraus até ao alto deste Monumento Nacional, a 65 metros do leito do rio.
Ponte de São João
Construída para acompanhar o crescimento do tráfego rodoviário e ferroviário, que também começava a crescer, veio substituir a pequena Ponte D. Maria Pia, a partir do dia 24 junho de 1991, o mesmo em que se celebram as festividades do padroeiro da cidade. Edgar Cardoso foi novamente chamado para coordenar os projetos e a construção da Ponte de São João.
Faz a ligação entre a estação de Porto-Campanhã e os destinos a Sul com a primeira paragem em Vila Nova de Gaia.
Ponte do Freixo
Inaugurada em setembro de 1995, é uma ponte rodoviária que faz a ligação entre as cidades do Porto e Gaia, sobre o rio Douro. O projeto é da autoria do professor António Reis.
Esta construção surgiu com o objetivo de minimizar os congestionamentos no trânsito automóvel que se faziam sentir nas Pontes da Arrábida e de D.Luís I.
A Ponte do Freixo tem características interessantes, já que, se trata, de duas pontes construídas lado a lado e afastadas 10 cm uma da outra. A ponte tem oito vãos, tendo o principal 150 metros.
Ponte do Infante D. Henrique
É a mais recente entre todas as pontes entre Porto e Gaia. Com 20 metros de largura e quatro faixas de rodagem, duas em cada sentido, a construção recebeu as viaturas que foram retiradas do tabuleiro superior da vizinha Ponte D. Luís I, aquando da chegada do metro.
Foi projetada pelos engenheiros Adão da Fonseca, Fernández Ordañez e Francisco Millanes e começou a ser construída em 1999, com sua inauguração em 2003.