André Castro: “É um dos dias mais felizes da minha carreira”
Porto Canal
“É um dos dias mais felizes” da carreira de André Castro, a quem a camisola azul e branca “continua a ficar bem”. “Orgulhoso” por merecer a confiança de André Villas-Boas, que em 2010/11 o “nomeou como um dos cinco capitães” da equipa principal, o médio vincou o desejo de “ajudar a formar mais campeões através da atitude”.
A “oportunidade de ouro” de se reencontrar com “a família” portista deixou o novo camisola 2 “muito contente” e com vontade de criar “as melhores memórias positivas”: “Vou ser uma influência positiva tal como imaginam”. O que não falta é também a ânsia natural de “ver os adeptos”, ir “ao estádio ver os jogos da equipa A” e ver os jogadores do plantel principal “a ajudar os mais novos”.
Um sonho tornado realidade
“A sensação é incrível. Continua a ficar-me bem esta camisola. Estou muito feliz. É um dos dias mais felizes da minha carreira por poder chegar aqui, é um sonho concretizado. Sempre me imaginei a regressar e ver que as pessoas sentem aquilo que sinto é incrível, sem palavras.”
A missão no regresso
“É na altura certa, era quando quisessem. Esteve para ser antes, foi agora, aconteceu quando tinha que ser. Estou orgulhoso acima de tudo. Foi tudo muito rápido. Até comentei com alguns amigos que tive um pensamento há uns dias: fui campeão com o presidente André Villas-Boas no FC Porto, campeão na Olhanense com o Jorge Costa, campeão com o pai do João Brandão, campeão de juniores e seniores com o Paulinho Santos, campeão com o José Mário e agora volto para junto dos campeões. O que mais quero é passar a mensagem de que ser campeão é muito bom, mas tem que se trabalhar muito. Quero muito ajudar a formar mais campeões através da atitude, do ser bom, leal e correto, é o mais importante. Sempre fui correto e tenho agora esta oportunidade de ouro de viver muitos reencontros. Chego a casa e a família está quase toda cá.”
André Villas-Boas e Jorge Costa não hesitaram
“Percebi que havia a possibilidade de sair do Moreirense. Falou-se de muitos clubes da primeira e segunda divisão, mas eu para sair queria vir para aqui. Não quis ligar ao Jorge Costa ou ao André Villas-Boas porque não os queria fazer sentir que estava a pedir alguma coisa. Só queria que eles soubessem que havia a possibilidade de eu sair livre. Passado cinco minutos, liga-me o Jorge Costa e também tenho mensagem do presidente. Num minuto, decidiram que sim. É muito bom.”
Capitão desde sempre
“Muito contente [por ser o capitão]. É um orgulho. Quero que me vejam como um exemplo através daquilo que faço. Era o capitão dos apanha-bolas no Estádio das Antas, tinha que ir buscar as bolas ao campo de trás, onde eles aqueciam. Era uma grande responsabilidade, não podiam faltar bolas. O tempo era outro e já havia muita exigência. O André Villas-Boas nomeou-me capitão, não sei que idade tinha, 21 ou 22 anos, num plantel cheio de craques. Era um dos cinco capitães. É bonito.”
Uma influência positiva para o ouro da casa
“Quero que me vejam como mais um para ajudar, que me sintam como um bom colega de equipa. Quero ajudar através do trabalho. As coisas parecem fáceis, o futebol está mudado nas camadas jovens, e quero transmitir que para chegar longe é preciso fazer muita coisas todos os dias. Através do meu trabalho que está para trás, porque nunca me foi dado nada, sempre através do trabalho e da humildade e quero transmitir isso para os mais novos. Quero deixar as melhores memórias possíveis. Acima de tudo, demonstrar que vou ser uma influência positiva tal como imaginam que eu posso ser capaz.”
As memórias de azul e branco
“Tenho muitas memórias. Desde a minha namorada, que é agora minha mulher, a ir ver os meus jogos, os meus pais, o meu avô a fazer todo o corredor, devia ficar cansado. É tanta coisa que não consigo encaixar tudo.”
A ansiedade caraterística de um portista
“Estou muito ansioso por ver os adeptos, vir ao estádio ver os jogos da equipa A e vê-los no Olival a ajudar os mais novos.”