O anel circular que está na base dos últimos investimentos da Metro do Porto
João Nogueira
Nos últimos cinco anos, a Metro do Porto abriu ao público a extensão de uma linha, está a construir outras duas e apresentou o projeto de outras quatro. O objetivo é que em 2030 a rede da empresa conte com mais dez novas linhas. Mas, num panorama geral, os investimentos dos últimos anos têm na base a ideia de uma Linha Circular: um anel central que vai permitir aos passageiros “fluir em radiais”.
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A primeira parte desta ideia já está a ser concretizada com a obra da Linha Rosa, denominada também de Linha Circular. O traçado vai ligar a Avenida dos Aliados à Casa da Música com quatro estações e deverá começar a receber utilizadores em julho de 2025.
Mas a ideia não é que o traçado termine por ali. Ao Porto Canal, o engenheiro responsável pela Linha Rosa da Metro do Porto, Pedro Lé Costa, explicou que o objetivo é “fazer um anel circular à cidade para as pessoas poderem fluir pela parte exterior da cidade, intercetando com radiais”.
“Os planos que a Metro do Porto tem, e já existem estudos prévios para isso, é permitir essa extensão. Fazer um anel que ligue a Estação Liberdade à estação de Campanhã, passando pelo Polo Universitário”.
Avança assim, numa primeira fase, a Linha Rosa. Para futuro, uma ligação direta entre a Casa da Música e o polo universitário da Asprela (passando pelo Carvalhido), e dali para a estação de Campanhã. “Assim fechamos o anel”, acrescentou o engenheiro.
A ligação entre Campanhã e São Bento não está nos planos, uma vez que ambas já estão ligadas à ferrovia e o investimento não é prioritário. Esta ideia não se inclui nas quatro novas linhas anunciadas pela Metro no final de 2023.
As novas linhas vão acrescentar mais 38 estações de metro na região. Os concelhos de Gondomar, da Maia, de Matosinhos, do Porto e da Trofa recebem assim aproximadamente mais 40 quilómetros de metro e metroBus, num investimento global, até 2030, superior a mil milhões de euros.