Vítor Bruno: “Temos que ir equipados com os valores do FC Porto”
Porto Canal
O terceiro jogo oficial da temporada 2024/25 leva o FC Porto até Ponta Delgada, casa de um “adversário que tem uma dinâmica interessante desde o ano passado”, que “subiu de divisão com todo o mérito” e tem protagonizado “um início de época muito forte, com vitória contundentes”. Para vencerem o Santa Clara, os Dragões têm de “ir equipados com os valores do FC Porto” e com “o espírito de missão” necessário para serem “bem-sucedidos no final”.
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A partir das 17h00 de Portugal continental, menos no arquipélago açoriano, os portistas defrontam “uma equipa adulta, madura, que sabe o que faz em campo” e que mereceu toda a atenção de Vítor Bruno durante a preparação: “O segredo é que os jogadores percebam que é preciso competir. Só competindo de forma fiel ao que somos é que conseguiremos um bom resultado. Isso é ponto de ordem”.
“Evanilson não vai seguir para os Açores” e é “sempre impactante perder um atleta a 24 horas de um jogo”, mas o técnico considera que “quem cá está fará mais falta e terá que dar uma resposta positiva” no Estádio de São Miguel. A saída de Fábio Cardoso também “está confirmada” e para colmatar a perda de profissionais “com quem dá gosto trabalhar” existem “alvos identificados e soluções dentro de casa capazes de responder às ausências”.
Ciente das “necessidades do clube em fazer encaixes financeiros”, tal como “o presidente conhece as necessidades do plantel”, Vítor Bruno sabe que é preciso “olhar para o mercado”, mas lembra que “as grandes equipas se adaptam ao que o jogo pede”. “Disputar cada minuto e cada segundo no máximo é único caminho para sairmos com um bom resultado. Nos Açores é sempre difícil, nos últimos quatro jogos perdemos um e empatámos outro”, recorda.
“A partir do momento em que o árbitro apite vamos levar a jogo o que é nosso. Se não puder ser com o que é nosso, tem de ser com o que o jogo pedir”, atira o técnico antes de fazer “mea culpa” quanto à condição física de Francisco Conceição, a contas com “um pequeno problema que ainda o incomoda” e também ficará em terra. “Não é tanga nem tabu, esperamos que amanhã possa trabalhar com os não-convocados e que no sábado treine connosco. Não sei se está a ser negociado”, confidencia.
Confrontado com vários desafios na formação da convocatória, o timoneiro portista sublinha que, mesmo em caso de vitória, o “onze do último fim de semana não tem que ser o mesmo” e que “o jogo passado, a estratégia e o rendimento diário” são as principais preocupações na hora de “decidir o onze seguinte”. “O cunho vê-se de muitas maneiras e pelo rendimento da equipa”, acrescenta quem quer ver o grupo “conjugar talento, compromisso e capacidade de trabalho” e seguir o exemplo de Danny Namaso, que “tem feito por merecer, tem sido sério no trabalho”. “Os homens da frente têm de estar altamente comprometidos quando a equipa não tem bola e ele tem-no feito na perfeição”, explica.
Questionado sobre a situação de Toni Martínez, Vítor Bruno considera “normal alguma desilusão” do murciano: “Faz parte, mas a resposta no treno é reveladora do caráter de cada um”. Com ou sem o número 29 em campo e mesmo debaixo de uma temperatura próxima dos 30 graus e de uma humidade acima dos 70%, o FC Porto tem que “jogar independentemente das condições”: “Enquanto o jogo andar lá estaremos para lhe dar corpo”.