O Hard Club, no Porto, recusou esta sexta-feira as acusações do Sindicato da Hotelaria do Norte sobre um alegado clima de pressão e assédio laboral no restaurante do espaço, garantindo "total empenho na melhoria das condições de trabalho" dos trabalhadores.

Em resposta enviada à Lusa, a gerência do espaço situado no antigo Mercado Ferreira Borges "recusa perentoriamente as acusações feitas no mesmo, garantindo o seu total empenho na melhoria das condições de trabalho dos seus trabalhadores, nomeadamente os que prestam a sua atividade no restaurante".

Esclarecendo que se tratam de cerca de 70% dos trabalhadores do espaço cultural no centro histórico do Porto, a gerência garante investir "em recursos e meios técnicos para os coadjuvar nas suas incumbências, no exercício das respetivas tarefas, em prol da defesa dos seus direitos – e, bem assim, da qualidade dos serviços que prestam aos clientes".

A atual gerência, que está em funções desde fevereiro, "tudo tem feito para garantir o cumprimento das obrigações laborais pela empresa, assegurando o respeito pela lei, Contrato Coletivo de Trabalho e contratos individuais de trabalho, mantendo e promovendo o diálogo e colaboração com todas as entidades envolvidas, nomeadamente ACT [Autoridade para as Condições de Trabalho] – que a visita regularmente – e DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho]".

A gerência do Hard Club refere também que dialoga regularmente com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (STIHTRSN) sempre que solicitado, "o que não aconteceu agora".

Em causa está uma denúncia, pelo STIHTRSN, esta semana, de um alegado "clima de pressão e assédio laboral" imposto aos trabalhadores do restaurante do Hard Club, além de falta de pagamentos em dias feriados, diuturnidades, falta de formação, instalação de câmaras de vídeo e alteração de horários, entre outras acusações.

"O sindicato já requereu uma reunião no Ministério do Trabalho e vai denunciar a situação junto das autoridades", pode ler-se no documento assinado pela direção do STIHTRSN.

A gerência do Hard Club considera "inaceitável o recurso aos expedientes por este agora usados (sem cuidar de verificar previamente o fundamento e sustentação das acusações agora feitas) e que afetam, de forma gratuita e totalmente infundada, a imagem, bom nome da gerência atualmente em funções e, bem assim, a reputação e boa fama do Hard Club".

O Hard Club assegura, na resposta à Lusa, que "quaisquer questões suscitadas no artigo em causa respeitantes aos trabalhadores não deixarão de ser analisadas em sede própria pela gerência em funções – que não a comunicação social – e terão o devido tratamento, sempre no mais estrito e rigoroso cumprimento da lei".