Portas pede paz e estabilidade em Moçambique

| Política
Porto Canal / Agências

Maputo, 25 ago (Lusa) - O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas elogiou hoje em Maputo o acordo de cessar-fogo entre o Governo moçambicano e a Renamo, principal partido de oposição, e considerou que sem paz e estabilidade não há crescimento económico nem desenvolvimento.

"Em guerra a economia não cresce, em paz a economia floresce e é por isso que o crescimento [económico de Moçambique] é tao grande", observou Portas, à margem da Feira Internacional de Maputo (Facim), no dia seguinte ao acordo entre o executivo moçambicano e a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), após mais de um ano de confrontos.

"Ficamos evidentemente satisfeitos que o diálogo seja mais forte do que o confronto e que haja entre as várias forças politicas relevantes uma capacidade de entendimento", observou o vice-primeiro-ministro, acrescentando que "a solidez das instituições, a escolha livre por parte do povo das opções para o seu futuro são muito importantes para que haja estabilidade, previsibilidade e isso também tem um reflexo na economia, porque a segurança jurídica e a paz é que trazem crescimento e inclusão".

Portas referiu-se às eleições gerais (presidenciais, legislativas e assembleias provinciais) de 15 de outubro em Moçambique, desejando que o processo "corra da melhor forma possível" e comentando que "a paz e a democracia foram uma grande conquista dos moçambicanos".

"África é o continente do século XXI em que o potencial de crescimento económico e desenvolvimento é maior. E a condição do crescimento e desenvolvimento chama-se paz, porque só com paz e com segurança há investimento e confiança e é a paz a condição da reconciliação", declarou.

O Governo moçambicano e a Renamo, principal partido de oposição, assinaram no domingo à noite em Maputo, ao fim de mais de um ano de negociações, um cessar-fogo e a base de entendimento para o fim das hostilidades no país

No último ano e meio, os confrontos entre exército e o braço armado da oposição provocaram um número indeterminado de mortos e feridos na região da Gorongosa, província de Sofala, bem como nas emboscadas da Renamo a colunas de veículos escoltadas pelos militares num troço de cem quilómetros da única estrada que liga o sul e o centro do país.

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama vive num lugar incerto algures na serra da Gorongosa, desde que o seu acampamento na região foi tomado pelo exército em outubro do ano passado, e diz que só sairá do seu esconderijo após a declaração de um cessar-fogo.

HB // EL

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