O combate a um dos maiores incêndios da história do Porto
Pedro Benjamim
O alarme fez-se ouvir no número 1418 da rua da Constituição, casa do Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto, pelas 13h38. A primeira equipa saiu em direção à rua Manuel Pinto de Azevedo, na Zona Industrial do Porto onde deflagrara um dos maiores incêndios da história do Porto. O Porto Canal acompanhou de perto o combate às chamas que emitiam uma nuvem de fumo visível a vários quilómetros de distância e que levaram à Zona Industrial do Porto cerca de 150 operacionais.
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Ao volante do veículo de comando tático (VCOT) seguia Heitor Pereira, desde 1997 nos Sapadores do Porto. “Foi o maior incêndio em que estive em 27 anos”, desabafa ao Porto Canal o subchefe principal.
A imensa nuvem de fumo, visível muito antes de os quatro quilómetros serem percorridos, anunciava horas de trabalho para os bombeiros no local. As chamas consumiram o armazém, mas ficaram circunscritas aquela área. O relógio marcava as 18h30 quando o fogo foi oficialmente extinto. No combate às chamas chegaram a estar quase 150 operacionais e mais de 50 meios terrestres, de várias corporações de Bombeiros do Porto, mas também de concelhos vizinhos, além das forças de segurança.
Aquela viatura dos Sapadores do Porto foi parada na interseção da rua Manuel Pinto de Azevedo com a rua Conde da Covilhã – que sobrevoa a avenida AEP. Era ela o Posto de Comando daquele teatro de operações, onde se definiam estratégias de combate às chamas, o posicionamento dos meios e a sua contabilização.
Pela rua Manuel Pinto de Azevedo, na lateral do armazém, as altas temperaturas faziam-se sentir devido à intensidade das chamas que consumiam o edifício. Do outro lado da rua, trabalhadores de uma empresa usavam a mangueira de incêndio do edifício para molhar a fachada, bem como as árvores das imediações para evitar que o fogo se propagasse.
Do interior do edifício em chamas ouvia-se explosões, prova da destruição que ia sendo causada pelo incêndio. Pouco tempo depois o armazém, que albergava a Auto Sueco Portugal, a Aftermarket Portugal e da Amplitude Seguros – empresas do grupo Nors –, estava destruído e a cobertura havia cedido à violência das chamas.
As várias corporações de Bombeiros mobilizadas para o incêndio trabalhavam em conjunto para dominar as chamas, que foram circunscritas àquele armazém. Apesar de extinto desde as 18h30, no local estão ainda operacionais a fazer trabalho de rescaldo.