Portas defende necessidade de proteger crescimento e confiança na economia

| Política
Porto Canal

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, garantiu hoje que estará presente no Conselho de Ministros de terça-feira, onde serão discutidos os ajustamentos ao orçamento, e defendeu ser preciso proteger o crescimento e a confiança na economia.

Paulo Portas - que está em Maputo para se encontrar com o Presidente e alguns membros do Governo moçambicanos e participar na abertura da 50.ª Feira Internacional local - escusou-se a dizer que medidas vai apresentar para o orçamento retificativo, mas sublinhou manter a convicção nas políticas que tem defendido.

"O que lhe posso dizer é que estarei amanhã [terça-feira] no Conselho de Ministros, é esse o meu dever -- que eu cumpro com gosto -- e que tenho defendido que é muito importante que nós tenhamos políticas que protejam o crescimento e a confiança na nossa economia porque é isso que gera esperança nos nossos cidadãos", afirmou em declarações à agência Lusa.

O vice-primeiro-ministro escusou-a adiantar mais pormenores, alegando que quando está "em representação de Portugal no exterior", não faz "comentários sobre política interna".

O Conselho de Ministros reúne-se na terça-feira de forma extraordinária, para discutir o segundo Orçamento Retificativo deste ano e avaliar o impacto da decisão do Tribunal Constitucional relativa aos cortes salariais no setor público e à contribuição de sustentabilidade.

No domingo, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que não serão debatidos aumentos de impostos na reunião dos ministros, assegurando que o Orçamento Retificativo não contempla matéria de natureza fiscal.

Ainda assim, Passos Coelho admitiu que serão precisos ajustamentos no orçamento e uma rearrumação da despesa dentro do Estado.

Estas declarações foram proferidas durante a inauguração da Casa do Vinho de Valpaços, depois da insistência dos jornalistas para uma reação do primeiro-ministro às afirmações do social-democrata Luís Marques Mendes, que no seu comentário semanal na SIC, disse que a ministra das Finanças quer aumentar o IVA de 23 para 24% já em outubro.

O chefe do Governo sublinhou que não comenta comentadores políticos e referiu que o Governo não "pré anuncia medidas dessa natureza" e que "ainda não está tomada uma decisão sobre esse assunto".

"Parece-me que a meta que tínhamos definido de 4% para este ano é alcançável, precisa de alguns ajustamentos dentro do nosso orçamento na medida em que há algumas rubricas que têm um peso maior do que tínhamos previsto em consequência de decisões que não fomos nós que tomamos", salientou.

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