PSP nega aumento de criminalidade violenta em Ramalde no Porto
Porto Canal
A Polícia de Segurança Pública negou o aumento da criminalidade violenta e grave na freguesia de Ramalde, no Porto, após queixas de insegurança por parte dos moradores.
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Numa nota enviada este domingo às redações, a PSP realçou que, segundo a análise dos dados estatísticos que tem, na freguesia de Ramalde existiu, “de facto, um aumento da criminalidade geral”, mas “a criminalidade violenta e grave diminuiu, o que importa sublinhar publicamente”.
A PSP assegurou que analisa, “diariamente, os indicadores estatísticos na sua área de responsabilidade” para “orientar os seus recursos de acordo com as áreas mais afetadas por determinados tipos de fenómenos criminais”. Numa nota onde falava ainda de uma freguesia na capital onde aumentaram as queixas, esta força policial assegurou ainda que “tem consecutivamente, sempre que possível e com o balanceamento de meios, incrementado o policiamento nas cidades de Lisboa e do Porto, e em concreto nestas duas freguesias”.
“É também importante esclarecer que o sentimento de segurança não se obtém exclusivamente com mais polícias na rua, sabendo-se que a presença sistemática de policiamento ostensivo pode ser avaliado, em termos de sentimento de segurança, de forma contrária - se há polícia é porque há insegurança”,considerou.
A PSP defendeu ainda que “é também importante detetar, analisar e intervir junto de diferentes problemas socioculturais e económicos existentes nestes e noutros territórios, procurando responder de forma integrada e permanente nas diferentes fragilidades locais”, realçando que contam ”com o apoio de todas as entidades com responsabilidade” nestas matérias.
No Porto, o presidente da Câmara, Rui Moreira, revelou que a adjudicação do contrato para a instalação de mais 117 câmaras de videovigilância na zona ocidental e oriental da cidade está suspensa por faltar um parecer da Comissão Nacional da Proteção de Dados (CNPD).
As novas 117 câmaras de videovigilância vão ser instaladas na zona ocidental e oriental da cidade, nomeadamente, em arruamentos na zona da Asprela, Campanhã, Estádio do Dragão, Pasteleira e Diogo Botelho.
Segundo o autarca, está a ser equacionado o alargamento do primeiro sistema instalado no centro histórico, e composto por 79 câmaras, para a Rua do Loureiro e a Rua Chã, junto à estação de S. Bento, porque lojistas da comunidade do Bangladesh têm referido “que tem havido ali um conjunto de assaltos”.
Simultaneamente, Rui Moreira disse estar disponível para avançar com uma terceira fase do sistema de videovigilância, a instalar na zona de Ramalde, a segunda maior freguesia do Porto, mas para isso "é necessário o diagnóstico da PSP da perigosidade da criminalidade associada ao território".
este sistema de videovigilância entrou em funcionamento em 22 de junho de 2023 e já permitiu preservar imagens relativas a 910 processos-crime, a maioria das quais (592) ocorridas este ano.