De “patinho feio” a cisne. Prédio devoluto na Boavista já tem projeto para arrendamento acessível

De “patinho feio” a cisne. Prédio devoluto na Boavista já tem projeto para arrendamento acessível
| Porto
Maria Leonor Coelho

Já está em fase de conclusão o projeto que vai dar uma nova vida ao antigo edifício da Direção de Recrutamento Militar que está ao abandono desde finais de 2016. O prédio, que pertence ao Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) desde dezembro de 2021, tem sido foco de problemas para os moradores da Avenida da França, na Boavista. A ocupação indevida do espaço e o lixo acumulado têm atormentado os dias dos residentes dos edifícios vizinhos, conforme avançou o Porto Canal nos últimos dias.

 
 
 
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Questionado pelo Porto Canal sobre o futuro do edifício, o IHRU esclareceu que, na sequência do concurso público lançado em março de 2023, com vista à criação de 36 fogos para arrendamento acessível, a empresa Traço Alternativo – Arquitetos Associados, Lda. foi selecionada para a elaboração do projeto de reconversão do referido edifício.

De acordo com a instituição pública, o projeto, que se encontra atualmente na fase final de elaboração, permitiu confirmar a possibilidade de disponibilização de 40 habitações para arrendamento acessível.

As imagens do projeto que venceu o concurso para a reabilitação do edifício e que vai acrescentar novos fogos à oferta de arrendamento acessível do município foram já divulgadas, através do ‘site’ oficial da empresa portuense de arquitetura, que confirmou ao Porto Canal que o projeto está já em fase de conclusão.

Para este ano está ainda previsto o lançamento de um novo concurso público, desta feita para a empreitada de construção, revela fonte do IHRU.

Enquanto as obras não arrancam, o presidente da Câmara Municipal do Porto arranjou uma solução temporária para evitar o uso indevido das imediações do prédio e vai ordenar à Proteção Civil a vedação do antigo edifício da Direção de Recrutamento Militar na Avenida da França, na Boavista. O autarca revelou essa decisão no Conselho Municipal de Segurança, reunido na manhã desta sexta-feira, após ter ouvido os relatos de vários moradores dos prédios vizinhos e ainda de uma responsável pelo ABC Hotel Porto.

Rui Moreira ressalvou que esta medida é a única que pode tomar, dentro das suas competências, uma vez que este edifício não é propriedade municipal.

Devoluto desde finais de 2016, o antigo edifício da Direção de Recrutamento Militar no Porto tem-se vindo a revelar um verdadeiro íman de dores de cabeça para a vizinhança. Os “episódios”, que começaram a surgir imediatamente após a saída dos militares, poderão agora ter fim à vista com as soluções encontradas pelo IHRU e pela Câmara Municipal do Porto.

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