Rui Moreira critica futuras estações do Metrobus no Porto
Pedro Benjamim
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, mostrou desagrado pessoal com as opções tomadas para as futuras estações do Metrobus, que vai ligar a Casa da Música à Praça do Império.
“Há coisas que, de facto, eu não gosto. Se me perguntar se eu compreendo, quer na Avenida da Boavista, quer na Marechal Gomes da Costa as estações que lá estão a ser feitas? Eu não gosto. É a minha opinião, não percebo por que é que são feitas assim”, frisou o edil em Assembleia Municipal.
Na continuação da assembleia de 8 de julho, que aconteceu na noite desta segunda-feira, Rui Moreira focou as críticas nas paragens desenhadas pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira. “Aqueles que me incomodam mais, devo dizer, até têm uma assinatura de autor, que são as que estão na Marechal Gomes da Costa, que, a meu ver, deviam ser costas com costas e deviam ser coisas levezinhas envidraçadas e não precisavam de ser coisas que parecem ter sido feitas pelo Obélix, mas como tem uma assinatura de autor”, afirmou.
O presidente da Câmara do Porto fez ainda a comparação da escolha do autor das estações com os eleitos da seleção portuguesa de futebol: “Isto é um bocado como a seleção de futebol, a questão das vacas sagradas”.
Moreira falava após o deputado Rui Lage, do Partido Socialista, que criticava as opções para a Avenida da Boavista, que, no seu entender continuam a dar primazia ao automóvel.
O metrobus vai ligar a Boavista à Foz, pelas avenidas da Boavista e da Marechal Gomes da Costa, num percurso de oito quilómetros e sete novas paragens: Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império.
A empreitada financiada por fundos europeus representa um investimento de 76 milhões de euros que, para além das obras na via, assegura ainda a construção das estações, dos sistemas de segurança, a compra dos novos veículos a hidrogénio, bem como da central de produção de hidrogénio, que vai estar sediada na estação de recolha da STCP da Areosa, reativada para o efeito.