Obra da Linha Rosa do metro com atraso de 700 dias na zona de São Bento
João Nogueira
Há pontos da empreitada da Linha Rosa do metro onde o atraso é de 700 dias. É este o balanço do terceiro relatório do grupo de trabalho da Assembleia Municipal do Porto que acompanha os investimentos em transportes públicos na cidade e que foi apresentado esta segunda-feira. O grupo critica a Metro do Porto pela irresponsabilidade e os danos causados na cidade e à população, pedindo “prazos e informação” por parte da empresa.
É o terceiro documento elaborado pelo grupo de trabalho e, após tecer críticas à empreitada do metrobus, foi a vez da Linha Circular (ou Rosa) ser tema de discussão. Conforme o documento, são cerca de 700 dias de atraso nas fases da empreitada associadas ao Rio de Vila.
“Há duas frentes de obra relacionadas com o Rio de Vila que têm cerca de 700 dias de atraso”, explicou Agostinho Sousa Pinto, deputado do PS, na apresentação dos resultados do relatório esta segunda-feira.
Neste terceiro relatório, o grupo de trabalho alertou para os atrasos associados à construção da nova galeria para o Rio Vila, feita sob as Ruas das Flores e Rua Mouzinho da Silveira e no Largo de S. Domingos.
Segundo o documento, as obras desta frente, que na sua 1.ª Fase se iniciou em novembro de 2021, tendo como data de fim previsível a julho de 2022, mas ainda se encontram por concluir, ou seja, 670 dias de atraso.
“As fases 2 e 3, que deveriam ter iniciado em julho de 2022, ainda se encontram por iniciar, ou, de acordo com informação recente, poderão ter início durante o mês de maio de 2024, ou seja, possui um atraso superior a 750 dias".
Mas este atraso pode ser ainda maior, alertou Raúl Almeida, do grupo municipal de Rui Moreira: “No final da obra serão certamente muitos mais”, declarou o deputado, uma vez que estes prazos remetem para 30 de abril, altura em que foi feito o balanço do relatório.
Questionado pelos jornalistas no local, o grupo de trabalho expôs que “algumas das críticas que estão a ser feitas vão ser resolvidas com o tempo”, mas o que se pede essencialmente à Metro do Porto são “prazos e informação” do estado atual da empreitada.
O grupo de trabalho adiantou ainda que a Metro do Porto respondeu esta segunda-feira aos relatórios que questionavam a empresa e a responsabilizavam.