As imagens do futuro Bairro da Tapada na encosta do Douro
Porto Canal
Já são conhecidas as imagens do futuro Bairro da Tapada, na zona das Fontainhas. Depois de o projeto ter sido apresentado aos moradores na passada sexta-feira, a autarquia divulgou as projeções 3D da requalificação do bairro com vista para o Douro.
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Os moradores do bairro devem começar a ser realojados na próxima semana, refere a autarquia em comunicado, “em habitações municipais ou arrendadas pela Câmara, à semelhança do que está a acontecer na Ilha da Lomba”, pode ler-se.
No regresso ao Bairro da Tapada os moradores terão direito “uma habitação adequada ao seu agregado, sempre com a garantia de que, de volta ao bairro, as rendas a pagar serão calculadas em função dos rendimentos de cada agregado”, refere a Câmara do Porto.
O projeto de requalificação, com assinatura do arquiteto André Tavares, fará do Bairro da Tapada um conjunto habitacional com “25 habitações, distribuídas ao longo de dois volumes: o volume sul, de 1 piso (9 T1 e 1 T2), e o volume norte, de 2 pisos (5 T1, 1 T2 triplex, 5 T2 duplex, 1 T1 duplex e 3 T1+1 duplex)”, detalha a autarquia.
Com a intervenção, “os anexos serão eliminados e cada habitação vai incluir uma cozinha, uma sala, uma instalação sanitária completa, um número de quartos adequados à tipologia, zonas de arrumação e uma zona de lavandaria”.
Até agora o acesso ao Bairro da Tapada faz-se apenas através de uma única escadaria, refere o município, contudo “o projeto prevê a instalação de um elevador”. “Ao estabelecer uma ligação vertical ao Passeio das Fontaínhas, este equipamento vai facilitar o acesso e a mobilidade dos moradores, criar uma saída de emergência e permitir o rápido acesso de unidades de emergência às habitações, promovendo a segurança de todos os inquilinos”, pode ler-se no comunicado.
A reabilitação deve arrancar durante o segundo semestre do ano e tem um orçamento previsto de cerca de três milhões de euros.
Em 2018, a Câmara do Porto comprou o Bairro da Tapada por um milhão de euros para garantir a função social do edificado e dos contratos de arrendamento existentes, acionando o direito de preferência e de modo a travar a especulação imobiliária naquele local.