Europeias. “Tudo aponta que PSD e CDS-PP terão mais votos juntos” do que em 2019 separados, afirma Nuno Melo
Porto Canal/Agências
O líder do CDS-PP afirmou que “tudo aponta” para que PSD e o CDS-PP tenham este domingo mais votos e maior percentagem coligados do que em 2019, mas admitiu que será “uma noite longa” para determinar o vencedor.
Numa primeira reação da AD às projeções, que apontam para um empate técnico com o PS, Nuno Melo fez questão de salientar a descida dos “extremismos e populismos”, numa referência implícita ao Chega.
“O que significa que ser muleta do PS em Portugal não compensa”, afirmou, numa declaração com muitos aplausos no hotel onde a AD está a acompanhar os resultados eleitorais.
Em 2019, PSD e CDS-PP somados conseguiram 28,13% dos votos (cerca de 930 mil votos) e elegeram sete eurodeputados, seis do PSD e um democrata-cristão.
“Tudo aponta para que, em 2024, o PSD e o CDS-PP juntos terão mais votos e maior percentagem do que tiveram separados em 2019, isso também são boas notícias para a AD”, afirmou, sem assumir a mesma garantia em termo de mandatos.
Nuno Melo saudou que, ao contrário do que acontece em outros países, “Portugal continue a ser um espaço de moderação e de senso”.
“Manifestamente, os populismos e os extremismos vão ficar muito abaixo das suas expectativas, vão perder em Portugal, o que significa que ser muleta do PS em Portugal não compensa”, disse.
Quanto ao resultado final, o líder do CDS-PP admitiu que, provavelmente, esta será “uma noite longa, mas também uma noite muito interessante do ponto de vista político”.
“Teremos de ver o que vai acontecer, não apenas em percentagem, mas também em mandatos”, afirmou.
Por agora, sublinhou a vitória do Partido Popular Europeu (PPE), a força mais votada na UE, o que, sendo estas eleições europeias, “não é um facto menor”.
Nuno Melo desejou sorte à ‘número três’ da lista da AD, Ana Miguel Pedro, que o substituirá no Parlamento Europeu, considerando que “fará um grande trabalho, juntamente com todos os outros eurodeputados da AD, começando pelo Sebastião Bugalho”.