Eleições Europeias. PAN pode não eleger e já assume derrota após projeções

Eleições Europeias. PAN pode não eleger e já assume derrota após projeções
| Política
Porto Canal/Agências

O dirigente PAN Ernesto Morais lamentou este domingo a possibilidade de o partido não eleger qualquer eurodeputado, após a divulgação das projeções dos resultados eleitorais, dando quase como adquirida a derrota de Pedro Fidalgo Marques.

“Não estamos satisfeitos com a não eleição do Pedro Fidalgo Marques ao Parlamento Europeu e, portanto, nós gostaríamos de muito repor a verdade e repor a eleição de Pedro Fidalgo Marques, mas não foi possível”, salientou Ernesto Morais no quartel-general do partido para a noite eleitoral, no Teatro Thalia, em Lisboa.

O membro da Comissão Política Permanente do PAN lembrou a perda de mandato com a saída de Francisco Guerreiro, eleito eurodeputado em 2019, referindo que o partido gostaria recuperar esse lugar.

“Não tivemos a confiança dos eleitores. Vamos continuar a trabalhar nas causas que representamos quer na Assembleia da República, quer nas assembleias regionais da Madeira e dos Açores, onde estamos presentes, e nossos autarcas com uma proximidade maior junto das pessoas”, afirmou.

Ernesto Morais reiterou que o PAN é a “única força política” que representa os animais e a natureza.

“Sentimos alguma tristeza na nossa não eleição. Agradecemos o voto de quem votou em nós e vamos continuar a trabalhar nestas causas, porque o PAN é o único partido que poderia defender esta voz [pela natureza e pelos animais] no Parlamento [Europeu]”, frisou.

As projeções para os resultados das eleições para o Parlamento Europeu divulgadas pela RTP, SIC e TVI/CNN dão um empate técnico entre o PS e a AD - Aliança Democrática e colocam o PAN fora do Parlamento Europeu.

De acordo com a sondagem realizada pelo CESOP - Universidade Católica Portuguesa para a RTP, o PS e a AD ficam empatados, estando os socialistas com um intervalo entre 28% e 34% dos votos, obtendo seis a oito deputados, e a coligação com um resultado entre 28% e 33%, também com seis a oito mandatos.

A mesma projeção com base numa sondagem à boca de urna dá também empate entre a Iniciativa Liberal (IL) e o Chega, com 8% a 12% dos votos, podendo eleger entre dois a três eurodeputados.

A sondagem dá ainda um empate entre o Livre, Bloco de Esquerda (BE) e a CDU, com 3% a 5% dos votos, o que corresponde a intervalo entre zero e um mandato, enquanto o PAN e o ADN não elegem qualquer deputado.

Em 2019, Francisco Guerreiro foi o cabeça de lista do PAN e único eleito desta força política nas europeias, as primeiras em que o partido obteve representação em Bruxelas (com cerca de 5% dos votos).

No ano seguinte, o eurodeputado anunciou a sua saída do PAN por “divergências políticas” com a direção do partido, mantendo-se no Parlamento Europeu como independente.

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