Oliveira de Azeméis contra à eliminação de três cursos técnicos no próximo ano letivo.
Porto Canal/Agências
O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge Ferreira, votou hoje contra a ratificação da rede de oferta educativa e formativa da Área Metropolitana do Porto (AMP), por implicar a perda de três cursos técnicos no concelho.
"No caso concreto de Oliveira de Azeméis, nós tivemos três cursos, dois deles tradicionais, cursos que existem há vários anos e que têm [...] não só alunos para os frequentar, mas sobretudo uma elevada empregabilidade e, claro, um interesse estratégico para a região. Esses cursos foram pura e simplesmente eliminados", disse aos jornalistas o autarca.
Joaquim Jorge Ferreira falava aos jornalistas após a reunião do Conselho Metropolitano do Porto de hoje, que foi excecionalmente presidida pelo presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, em que foi votado este ponto.
"Ficámos a saber no dia 08 de maio que esses cursos não tinham sido, pela primeira vez, contemplados. Manifestámos aqui a nossa discordância em relação a uma decisão que não atende aos interesses da região e sobretudo uma decisão que compromete muita da oferta formativa que nós tínhamos no domínio profissionalizante", descreveu.
Em causa estão três cursos técnicos de Turismo, Análises Laboratoriais e Multimédia, "dois deles particularmente importantes porque têm [...] um elevado sucesso na região", disse Joaquim Jorge Ferreira, temendo que os alunos tenham de "ir para outro concelho".
O autarca de Oliveira de Azeméis afirmou que o Conselho Metropolitano estava a votar e "a decidir sobre uma rede de oferta educativa que já está decidida, à partida, pelo secretário de Estado, que já a homologou".
"Nós queremos é ter, precisamente, possibilidade de, atempadamente, prepararmos a oferta formativa no território metropolitano e adequá-lo àquilo que são as necessidades do território. Não temos oportunidade de o fazer e naturalmente discordamos desta forma de conduzir as coisas", referiu.
Confrontado com a garantia dada pela secretária metropolitana Ana Amorim de que a AMP só recebeu uma queixa do vereador da Educação de Oliveira de Azeméis na terça-feira, Joaquim Jorge Ferreira assegurou que o município não reclamou quase "um mês depois".
"Reclamámos imediatamente após tomarmos conhecimento, na reunião que houve em Gondomar no passado dia 08 de maio, do facto de termos sido eliminados. Mas não havia nada a fazer porque já estava decidida a lista", lamentou.
O autarca disse ainda que não sabe se a retirada dos cursos foi feita pelo atual ou pelo anterior Governo, mas disse que gostaria "de perceber qual é a justificação" para a retirada, "de um momento para o outro", de cursos que historicamente têm sido aprovados sem reserva" nos últimos anos.
"Há critérios de ponderação. Nós queremos é perceber quais são os critérios de ponderação que funcionaram no ano passado, neste ano letivo, e não funcionam no próximo", afirmando que já pediu esclarecimentos ao Ministério da Educação.