Para a Taça de Portugal, o dia amanheceu no Dragão

Para a Taça de Portugal, o dia amanheceu no Dragão
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Porto Canal

26 de Maio de 2024 entrou para o calendário dos portistas como mais uma data que é sinónimo de conquista, com o FC Porto a arrecadar a sua 20.ª Taça de Portugal. O troféu que voltou a fazer dos portistas o clube português mais titulado já viu o nascer do sol a partir do relvado do Estádio do Dragão.

Numa tarde que ficou para a história, Sérgio Conceição tornou-se o primeiro treinador a vencer quatro edições da Taça de Portugal pelo mesmo clube e igualou José Maria Pedroto e Otto Glória no clube dos mais titulados da prova. Galeno, que esteve em campo durante as duas horas de jogo, tornou-se o primeiro jogador a conquistar quatro Taças de Portugal consecutivas. No Jamor, só dá Porto e a prova disso mesmo é que este foi o clube que festejou em Oeiras em quatro das últimas cinco temporadas. Na presente edição, foi ainda batido o recorde de novo máximo de triunfos consecutivos na competição. São agora 21!

O clássico começou nitidamente azul e Evanilson dispôs de uma ocasião soberana para inaugurar o marcado com apenas 90 segundos decorridos. Depois de se isolar nas costas da defensiva sportinguista e de Diogo Pinto ter hesitado em sair da baliza, o camisola 30 aproximou-se do guardião e tentou tirá-lo do caminho. Do choque entre os dois resultou a queda do avançado e o protesto veemente do banco de suplentes. Fábio Veríssimo nada assinalou.

Na primeira aproximação à baliza de Diogo Costa, num canto, o Sporting adiantou-se na final. Saint Juste saltou mais alto do que Otavio e cabeceou para o 1-0 ao segundo poste (19m). A resposta dos Dragões não tardou e bastaram seis minutos para o topo sul do Jamor entrar em ebulição: numa jogada construída ao primeiro toque pelo corredor central, Pepê tentou desmarcar Galeno e a interceção de Geny Catamo fez a bola chegar a Evanilson, que só teve de encostar e correr para os adeptos.

A defensiva lisboeta mostrava-se frágil perante as tentativas de ataque à profundidade do FC Porto e foi precisamente um passe longo de Alan Varela para Galeno, que ganhou as costas aos centrais do Sporting, o cerne da expulsão de Saint Juste: o neerlandês agarrou o internacional brasileiro quando este seguia isolado para a baliza. Numa primeira instância, a equipa de arbitragem assinalou grande penalidade além do cartão vermelho, mas, com recurso ao VAR, Veríssimo reverteu a decisão para um livre direto que Francisco Conceição colocou a centímetros do poste de Diogo Pinto.

Com menos um elemento, o adversário apenas conseguia chegar perto de Diogo Costa através de bolas paradas e o 99 mostrava a segurança que o coloca no topo do mundo na sua posição. Já em tempo de compensação, um passe de rutura de Pepê para João Mário fez os portistas levantar-se das cadeiras, mas o 23 assistiu Evanilson e o brasileiro rematou por cima da trave. A igualdade a um golo persistia no regresso aos balneários.

O amarelo visto por João Mário aos 36 minutos e a superioridade numérica levaram Sérgio Conceição a recuar Pepê para a direita da defesa e a colocar Mehdi Taremi junto de Evanilson na frente. Tal como na etapa inaugural, foi de bola parada que o Sporting criou perigo logo ao segundo minuto. Um livre curto à direita originou um cabeceamento que Diogo Costa travou com uma mancha efusivamente aplaudida pelos milhares de portistas presentes no estádio nacional.

Um autêntico cerco à área lisboeta foi o que se viu nos minutos seguintes, com o Sporting a tentar evitar a pressão com bolas longas para Gyokeres, exemplarmente anulado por Zé Pedro e Otavio. As combinações nos corredores laterais iam ferindo a defensiva contrária e só algum desperdício na finalização ia mantendo o empate no marcador. Aos 72 minutos, após uma arrancada de Galeno à esquerda, Francisco Conceição atirou muito perto da trave, tal como minutos mais tarde voltaria a acontecer.

Já com Grujić e Eustáquio em campo nos lugares de Alan Varela e de Nico González, Wendell testou Diogo Pinto de livre ao 86 minutos, mas o resultado não viria a sofrer qualquer alteração até ao apito de Fábio Veríssimo para o término do tempo regulamentar.

Sérgio Conceição colocou o médio sérvio entre os centrais e projetou os laterais para quebrar a defesa adversária. A jogar por dentro, para deixar espaço para Francisco junto à linha, Pepê recebeu dentro e tocou para Evanilson, que só não bisou porque Diogo Pinto se mostrou atento entre os postes (92m).

Os dois jogadores viriam a ser protagonistas quatro minutos mais tarde. Evanilson recebeu já dentro da área, após um passe na profundidade e, quando tencionava afastar a bola do alcance do avançado, o guarda-redes apenas acertou no adversário. O árbitro apontou de imediato para a marca de grande penalidade, de onde Mehdi Taremi, já com Sérgio Conceição na bancada após ter sido expulso, fez o 2-1 e correu para abraçar os adeptos num momento de alegria e comunhão.

Depois de reunirem com o treinador junto à bancada, os jogadores entraram dominantes na segunda parte do prolongamento e controlaram o resultado até ao apito final. Na edição 2023/24 da Taça de Portugal, prevaleceu o Futebol Clube do Porto.

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