Bloco quer semana de quatro dias de trabalho, reposição de férias e cinco dias de licença parental

Bloco quer semana de quatro dias de trabalho, reposição de férias e cinco dias de licença parental
Foto: Pedro Benjamim | Porto Canal
| Política
Porto Canal/Agências

A coordenadora do Bloco de Esquerda revelou este domingo que na quarta-feira o partido vai propor a implementação da semana de quatro dias de trabalho, a reposição das férias cortadas durante a ‘troika’ e, mais cinco dias de licença parental.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, que falava durante um almoço com militantes, em Viana do Castelo, disse que o projeto, designado Vida Boa, vai ser debatido, no âmbito de um agendamento potestativo marcado para quarta-feira.

“Quem ama um país, quer o bem do seu povo, sem olhar a quem. É essa visão de país que o Bloco de Esquerda não abdica. Porque é que não podemos trabalhar quatro dias por semana, para termos tempo para os filhos, para o lazer? (…) Porque é que a vida tem de ser consumida a trabalhar para não sair do salário mínimo ou de um salário que não paga a casa”, questionou.

Para Mariana Mortágua, "vida boa é garantir a reposição das férias tiradas pela ‘troika’. Vida boa é garantir a quem tem filhos mais cinco dias de licença, sem nenhuma justificação”.

“Sabemos que termos filhos a cargo significa mais tempo que tem de ser dedicado à família e, não cabe às mulheres essa responsabilidade, sempre. Cabe a todos, cabe à sociedade”, sublinhou.

Para Mariana Mortágua, “nos primeiros 30 dias do Governo de Montenegro, as promessas feitas durante a campanha eleitoral esfumaram-se porque não existem”.

“Vimos uma campanha eleitoral em que o PSD falava dos baixos salários, sobre os serviços públicos que não funcionavam, a habitação que era só para alguns, sobre a emigração dos jovens que não tinham condições para ficar em Portugal. Uma campanha em que o PSD fez promessas eleitorais, prometeu aos funcionários públicos carreiras e salários, às forças de segurança, médicos, enfermeiros, oficiais de justiça, prometeu um choque fiscal ao país contra o esbulho que supostamente existia no IRS. Prometeu libertar a máquina do Estado das amarras partidárias. São promessas que sobrevivem ao plano que o Governo tem para o país”, referiu.

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