Estrada que liga Santarém a Almeirim mantém-se cortada ao trânsito até segunda-feira

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Porto Canal / Agências

Santarém, 20 ago (Lusa) - A Estrada Nacional 114, que liga Almeirim a Santarém, encerrada desde sábado, vai continuar vedada à circulação pelo menos até à próxima segunda-feira, por razões de segurança, informou hoje a Câmara de Santarém.

Em comunicado, o município refere que a decisão foi tomada após uma reunião efetuada hoje entre o município e a Estradas de Portugal (EP) na qual "ficou decidido que a reabertura da EN 114 à circulação apenas terá lugar quando estiverem garantidas todas as condições de segurança para pessoas e bens que circulem nesta estrada, tendo em conta que se mantém o risco de deslizamento da encosta sobre a via".

O deslizamento de terras ocorreu na madrugada de sábado, cerca das 03:00, numa das encostas de Santarém, e obrigou ao realojamento de quatro pessoas e à interrupção do trânsito na EN 114.

Segundo refere a autarquia, na próxima segunda-feira, dia 25 de agosto, será realizada nova reunião, com vista à inspeção do local, para avaliação da possibilidade de reabertura da estrada ao trânsito.

"Os trabalhos de remoção das terras e limpeza da estrada estão concluídos, ao quilómetro 76, entre a Ponte D. Luís e Santarém, sendo que o corte ao trânsito decorre unicamente da instabilidade da encosta", pode ainda ler-se no comunicado.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da autarquia, Ricardo Gonçalves (PSD), lembrou as duas resoluções da Assembleia da República para a solução do problema.

O autarca sublinhou a "urgência de serem tomadas medidas concretas" que levem à execução das obras contidas no Plano Global de Estabilização das Encostas de Santarém (PGEES), cujo projeto se encontra "aprovado há mais de dois anos sem que as entidades competentes tomem a situação como séria e ajam em conformidade".

Ricardo Gonçalves disse que "são seis as encostas da barreira que exigem uma intervenção urgente" - Portas do Sol, Alfange, Santiago, Bairro do Falcão, Santa Margarida e Ribeira de Santarém -, e, em quatro delas, o PGEES aconselhava mesmo a execução de trabalhos de manutenção e sustentação de terras "para impedir a progressão da instabilidade em zonas mais sensíveis", enquanto a intervenção global não se iniciasse.

O presidente da Câmara de Santarém disse ainda que vai pedir ao Governo para "recolocar na sua agenda o desvio do traçado da ferrovia da Linha do Norte", tendo em conta que a barreira da Ribeira de Santarém "pode pôr em causa a segurança de pessoas e bens, e paralisar a economia nacional, em caso de aluimento".

"Só por milagre não houve um acidente com outras proporções. Nós não queremos aqui nenhuma catástrofe e este foi o último aviso que a natureza nos deu", alertou.

A EP criou alternativas temporárias à circulação rodoviária, sugerindo que, para o tráfego de pesados, as deslocações no eixo Almeirim/Santarém sejam feitas pela Ponte Salgueiro Maia e IC 10.

Para o tráfego de ligeiros e como alternativa local, pode ser utilizada a EN 365, ao longo do eixo da Ribeira de Santarém.

MYF // ZO

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