Sérgio Conceição: "Temos de rapidamente dar a volta e voltar a ser uma equipa alegre"
Porto Canal
O próximo desafio do FC Porto é contra o Famalicão (sábado, 18h00, Sport TV), uma equipa “sempre competente” que tem um “plantel bem apetrechado com jogadores de qualidade”, mas o “principal perigo é tudo o que advém da nossa equipa, do ambiente que podemos ou não criar e por vezes as incidências do próprio jogo”, começou por afirmar Sérgio Conceição diante dos jornalistas na sala de imprensa do Olival, antes de concretizar a ideia: “Fui ver o nosso último jogo contra o Vitória, sofremos 23 faltas, poucos cartões, muitas vezes o jogo interrompido. Somos a última equipa com menos tempo útil de jogo e isso quer dizer alguma coisa, queremos ganhar os jogos, queremos manter um ritmo alto de jogo, mas é difícil. Há situações em que olhamos e vemos o FC Porto no penúltimo lugar no tempo útil de jogo e não é normal”.
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Fábio Cardoso é baixa confirmada por lesão para a 29.ª jornada da Liga, tal como Pepe, que havia sido expulso no duelo anterior. O treinador referiu que amanhã vão jogar os que “achar melhor, podem ser centrais ou não”. Questionado sobre o percurso de Zé Pedro, mostrou-se contente com o atleta que “tem evoluído de uma forma muito positiva” e “faz parte do leque de centrais da primeira equipa”.
Sobre a resposta à expulsão por parte do capitão, o técnico frisou que foi “um dos primeiros” a apresentar-se “para trabalhar com a mesma dedicação” antes de lamentar que se dê “mais enfase às reações e não à causa” e de lembrar que “não vai haver outro Pepe durante muitos anos com tanta qualidade e que seja tão competitivo”: “Tem três Ligas dos Campeões, pode fazer um excesso e é isso que depois conta. Falo do Pepe, do Ronaldo, dou graças a Deus por termos gente desta que é portuguesa. O brilhantismo desses jogadores não é metido cá para fora, carreiras cheias de êxitos, competições ganhas, uma competitividade que não é normal. A irritação não é boa, não é positiva, porque precisamos de ter os jogadores ligados, mas com frescura mental”.
O diálogo enquadrou-se, depois, no “estado emocional”, algo “tão importante como a estratégia” e um aspeto no qual “talvez seja o ano mais difícil pelo que o clube vive neste momento”. É preciso “pegar no que não correu também bem ir para o campo e trabalhar, mas há sempre algumas situações negativas que impedem a equipa de se apresentar com mais soluções”.
Por fim, o mister revelou que a equipa fez “sessões bidiárias nos dois dias pós-Vitória”, uma forma de “enfrentar os problemas”: “Consoante o momento vamos ajustando o nosso treino, se é bidiário ou não. Pagam-me para isso, para tirar a equipa de uma situação menos positiva e para dar a volta, para voltarmos a ser uma equipa alegre, para termos os resultados positivos que queremos”.