Ainda há 177 metros por acabar no Terminal de Campanhã que levantam dúvidas aos utilizadores
João Nogueira
Enquanto atravessam o corredor de 177 metros de comprimento que liga o Terminal Intermodal de Campanhã ao metro, os olhares dos utilizadores caem sobre a grande estrutura de obra ali montada ou para os acessos diretos às plataformas dos comboios, mas que continuam vedados. É naquela galeria que se nota a constante evolução do edifício, mesmo após a abertura há mais de um ano e meio. Mas também é ali onde surgem mais dúvidas por quem utiliza o terminal.
O extenso corredor, que liga o metro e o terminal dos autocarros, ainda exibe sinais de construção, enquanto os acessos diretos às plataformas dos comboios permanecem vedados. “Não sei o porquê”, referiu o jovem Francisco Pinto, enquanto passava no local.
Desde fevereiro que naquela galeria arrancaram os trabalhos para a instalação de tapetes rolantes, à semelhança do que existe nos aeroportos. São três lances de tapetes, num total de 127 metros em ambos os sentidos. “Vão diminuir o tempo que as pessoas demoram a percorrer o corredor. Nós podemos ir a pé ao nosso ritmo, ou podemos ir numa passadeira, e, no fundo, descansar um bocadinho enquanto ela anda por nós”, contou ao Porto Canal Teresa Stanislau, membro da Gestão da STCP Serviços.
Para a motorista Lurdes Rodrigues, toda a preocupação com a acessibilidade é fundamental, principalmente quando se trata de um terminal intermodal: "Tudo o que se possa fazer para que o acesso para pessoas com possibilidades de mobilidades diferentes, isso para mim é sempre positivo. Seja as escadas rolantes, seja o que for. Desde o momento que facilite o acesso a todos, ótimo".
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O jovem Francisco Pinto partilha da mesma opinião e recorda as complicações em atravessar aquele corredor “carregado” de malas: "Será uma mais-valia. Atualmente não uso tanto a estação de Campanhã, mas há algum tempo eu usava, vinha sempre carregado e o corredor é extenso. Se tivermos algum tipo de apoio, de ajuda para carregar as malas, é sempre uma mais-valia e uma ajuda para poder facilitar a chegada ao metro ou ao autocarro".
Os tapetes são um modelo familiar para Guilherme Oliveira, principalmente por existirem nos aeroportos e por facilitarem os percursos e podem ser utilizados, por exemplo, pelas pessoas de maior idade, que têm maior dificuldade em deslocar-se de um sítio para o outro”.
A STCP Serviços estima que o sistema entre em funcionamento até ao início do próximo semestre.