O serviço militar obrigatório deve ou não regressar?
Porto Canal
O retorno do serviço militar obrigatório voltou à agenda do dia e, apesar do intenso debate que é tido por todo o país, seja em cafés ou nas caixas de comentários das redes sociais, as opiniões sobre o tema dividem-se. O que pensam afinal os portugueses, o serviço militar obrigatório deve ou não regressar?
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Apesar de existir quem acredite que a medida pode fortalecer o senso de dever cívico e preparar os jovens para desafios futuros, outros expressam preocupações quanto à sua aplicabilidade num mundo em constante evolução. O assunto tem permanecido no centro da atenção mediática, alimentando um diálogo sobre os rumos da defesa nacional e os valores sociais.
A falta de militares leva alguns portugueses entrevistados pelo Porto Canal a questionar se a reintrodução do serviço militar obrigatório seria um estímulo eficaz para atrair os jovens a se juntarem às Forças Armadas.
António Machado revela-se contra o regresso da medida que foi abolida em 2004, realçando no entanto que “precisamos de mais investimento, mais qualidade”, mas que não é obrigando as pessoas a irem “contrariadas” que algo vai mudar.
Já Paula Teixeira explica “que a falta de militares tem a ver com a remuneração que eles têm ao final do mês”, e não pela “vocação”.
Existe porém quem defenda que “neste momento faz falta à camada mais jovem” esta componente de disciplina e regras, e que se esta medida regressasse teríamos “mais segurança”. No geral, os mais jovens são da opinião de que isso seria um retrocesso na evolução do nosso sistema.
Com o novo governo ainda em início de funções, e sem o primeiro-ministro se ter ainda pronunciado sobre o tema, este é um tema que promete dar ainda muito que falar, com os dilemas que o país terá que enfrentar para tentar conciliar a salvaguarda da segurança nacional, com os princípios de liberdade individual e as demandas sociais.