A população empregada na região Norte cresceu 1,9% no quarto trimestre de 2023, refletindo um aumento de 32 mil novos empregados face ao ano anterior, revela esta sexta-feira o boletim Norte Conjuntura.

Consultado pela Lusa, o boletim trimestral elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) destaca que, no período em análise, "a evolução do mercado de trabalho do Norte foi positiva para um conjunto de atividades económicas".

Nas atividades de consultadoria, científicas e técnicas registou-se, em termos homólogos, um aumento de 10,4% do número de empregados no 4.º trimestre de 2023.

Apesar do aumento do número de empregados, no período em análise registou-se também um crescimento da taxa de desemprego, que se fixou em 7,3%, ou seja, mais 0,5 pontos percentuais face ao mesmo período de 2022.

"A evolução do mercado de trabalho do Norte continuou a deparar-se com o aumento simultâneo das populações desempregada e empregada", refere, justificando o duplo aumento com o crescimento da população ativa face à população empregada.

Simultaneamente, foi registado um crescimento dos salários mensais líquidos dos trabalhadores por conta de outrem, que em termos reais significou 0,8% comparativamente ao ano anterior.

Esta foi "a primeira subida ao fim de sete trimestres consecutivos em queda".

O boletim indica ainda que os indicadores do turismo na região continuam a ser positivos, ao refletirem "taxas de crescimento superiores às nacionais".

No quarto trimestre de 2023, registou-se um aumento de 10,8% do número de cidadãos hospedados em estabelecimentos turísticos da região, assim como um aumento de 10,9% do número de dormidas face a 2022.

O número de dormidas por cidadãos não residentes em Portugal cresceu 15,1% em termos homólogos, "valor bastante superior ao aumento observado nas dormidas de residentes", que se fixou em 5,1%.

Já quanto às exportações, o documento denota uma diminuição de 3% no período em análise, "desagravando a tendência de queda do trimestre precedente".

"A diminuição das exportações do Norte deveu-se à evolução negativa de dois grupos de produtos – bens intermédios e bens de consumo", esclarece o documento.

Do mesmo modo, também o número de edifícios licenciados registou uma redução de 3,7%, enquanto a taxa de inflação baixou para 1,9% no período em análise, fixando-se 0,2 pontos percentuais acima do valor nacional (1,7%).