FC Porto: "Aqui ninguém desiste", garante Sérgio Conceição

Porto Canal
Sérgio Conceição sabe melhor do que ninguém que “não há jogos para salvar a época” numa casa onde todos estão “habituados a lutar até ao fim”. Independentemente das adversidades e da posição na tabela classificativa, no FC Porto trabalha-se sempre “com a máxima seriedade” e procura-se “dar tudo para chegar o mais longe possível” em todas as frentes.
A Taça de Portugal é uma dessas frentes e o Vitória de Guimarães é o próximo obstáculo. Vencedores de três das últimas quatro edições, os Dragões deslocam-se à Cidade Berço esta quarta-feira (20h15, Sport TV1) para defrontarem “uma equipa muito capaz nos vários momentos do jogo que tem feito uma época muito boa e atravessa um bom momento” na primeira mão das meias-finais da prova rainha.
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No Estádio D. Afonso Henriques, onde se pode esperar “uma boa atmosfera e um bom ambiente”, o treinador espera “um jogo difícil como são todos”, uma oportunidade de “corrigir, melhorar e evoluir” alguns “erros” que viu na Amoreira. Ainda assim “a preparação foi a normal para um jogo a meio da semana”.
Privado de Diogo Costa e Francisco Conceição, admoestados com cartões vermelhos na Amoreira, o mister constata que “as expulsões são a causa de algo completamente claro para toda a gente” e que “só não vê quem não quer”: “O jogo no Estoril resume a época a todos os níveis. Jogamos contra algo mais do que 11 jogadores”.
“Quando a equipa de arbitragem não é feliz nas decisões eu entendo. Não entendo a provocação dos árbitros aos jogadores”, acrescentou indignado com “a situação mais caricata em 40 anos de futebol”, o “penálti claríssimo” transformado em suposta “falta do Francisco sobre Mangala”. Esse não foi caso único na categoria dos “penáltis claros revertidos quando só são mostradas parte das imagens”.
“Estou a defender os meus jogadores porque vejo-os atacados pela reação que têm mas não vejo ninguém atacar a causa dessas reações”, afirmou o técnico ciente de que “um treinador perde dois ou três jogos e vai embora, mas os árbitros recebem o prémio de ir apitar para a Arábia”. António Nobre já tinha protagonizado “uma arbitragem muitíssimo fraca” no Espanha-Brasil e Tiago Martins “costuma ter azar com o FC Porto” - o desempenho do VAR no ano passado, contra o Gil Vicente, “custou dois pontos” aos azuis e brancos.
Para Manuel Oliveira - que “no Bessa perguntou ao Eustáquio em que piscina andava a treinar” - e para Hélder Malheiro - que “no penúltimo jogo no Estoril passou pelo Francisco, deu-lhe um encontrão com o ombro e disse “estás feito comigo, vai-te f…” - também sobraram críticas de Sérgio Conceição, que garantiu “esses áudios existem” e deixou o lamento: “Temos tido azar nos momentos decisivos da temporada”. “O jogo no Estoril poderia manter-nos na corrida pelo título”, atestou.
Questionado sobre as ausências de Diogo e Francisco, o timoneiro portista relembra que “toda a gente é importante, basta serem ambiciosos no dia a dia” e que “há muita gente a trabalhar há muito tempo para ter uma oportunidade”. Pronto a “dar o máximo até ao fim da época” e a “encarar cada jogo como uma final”, porque na Invicta “ninguém desiste”, Sérgio Conceição sublinhou a vontade de voltar a marcar presença no Jamor: “Estão dois títulos em disputa, um muitíssimo difícil, praticamente impossível, e a Taça para tentar chegar à final. Não está escrito que somos nós, temos que trabalhar muito para o conseguir”.