A mais recente edição da revista Dragões já está disponível em formato digital e é maioritariamente dedicada a Artur Jorge, uma das maiores figuras da história do FC Porto que faleceu em finais de fevereiro aos 78 anos de idade.

Das ruas da Sé do Porto a Viena de Áustria, da política às artes, a publicação oficial do clube relata a história do o primeiro treinador português Campeão Europeu e vencedor de uma das principais ligas do Velho Continente.

Artur Jorge era um homem fora do normal, extremamente culto, autor de livros de poesia e colecionador de arte que se afirmou como um dos técnicos de futebol com mais sucesso do final do século XX. A sua morte deixou o FC Porto órfão de uma lenda.

Em Portugal a ditadura durou quase meio século, mas mesmo durante o Estado Novo os corpos gerentes portistas nunca deixaram de ser democraticamente eleitos pelos associados em igualdade de circunstâncias: um sócio, um voto.

Barcelona, Shakhtar Donetsk, Antuérpia e AZ Alkmaar já tinham ficado pelo caminho e na Alemanha foi Mainz do mesmo. Os jovens Dragões estão de novo na final four da UEFA Youth League e preparam-se para defrontar o AC Milan no próximo dia 19 de abril.

Se os mais novos ainda vão a Nyon, os mais velhos já foram à capital espanhola vencer o Real Madrid. O duelo entre as “Leyendas” e os “Vintage” terminou com a vitória visitante e com uma constelação de estrelas sobre o relvado do Santiago Bernabéu.

Num clássico intenso decidido em cima da buzina, o FC Porto superou o Benfica na final de Viana do Castelo e trouxe para a Invicta a Taça de Portugal de basquetebol pela 15.ª vez. Anthony Cat Barber esteve imparável e merece todo o destaque nas páginas das modalidades, onde ainda há espaço para o herdeiro do lendário Franklim Pais e para a entrevista de um andebolista ciente de que “é obrigatório ganhar títulos”.

Ana Rui Monteiro renovou o contrato que a liga ao FC Porto e não poderia estar mais “orgulhosa” por continuar a representar o emblema tricampeão nacional, um “sonho” que tem “superado as expectativas”.

Na tradicional Página do Presidente que assina na edição de março da revista Dragões, Jorge Nuno Pinto da Costa recusou todas as acusações infames que indicam que o FC Porto perdeu “competitividade desportiva”. Para o líder máximo do clube, as prioridades passam por “ganhar”: “A primeira é ganhar, a segunda é ganhar e a terceira também é ganhar. Nada é mais importante do que isso e não nos temos saído mal com esta política”.

Pinto da Costa questiona ainda como pode o clube ser acusado de tal quando foi “a única equipa portuguesa capaz de ultrapassar a fase de grupos da Liga dos Campeões”, de “lutar de igual para igual e conseguir ser melhor do que o segundo plantel mais valioso do mundo” e de “derrotar por 5-0 um clube que nas últimas duas épocas gastou mais de 200 milhões de euros em reforços”. Como podem ter baixado os níveis de ambição se foram contratados “jogadores com a qualidade do Alan Varela, do Nico González e do Otávio” e há “três atletas na seleção do Brasil e quatro na de Portugal”?

As falácias não beliscam a vontade de fazer “sempre mais” e de continuar a “encarar o futuro com a convicção de que estamos no caminho certo para continuar a alimentar a nossa altíssima ambição desportiva”. Afinal, “foi essa avidez de troféus que me levou a contratar Artur Jorge em 1984”, afirmou o dirigente sobre um “homem do porto e do FC Porto” que “merece todas as homenagens que lhe possam ser feitas”.

A edição número 448 da revista Dragões chegará, brevemente, às FC Porto Stores. Até lá, encontra-se disponível na sua versão digital. É fácil e gratuito.