AD ganhou as eleições pela margem mais curta da história da democracia
Porto Canal/Agências
A Aliança Democrática (AD) venceu as eleições de 10 de março com a margem mais curta da história da democracia para o segundo partido, 54 mil votos ou 0,84 pontos percentuais, segundo os resultados provisórios.
As duas coligações lideradas pelo PSD – AD (PSD/CDS/PPM) e Madeira Primeiro (PSD/CDS) – conseguiram 28,84% dos votos e 80 deputados, segundo os resultados provisórios da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna - Administração Eleitoral.
O PS foi o segundo partido mais votado com 28% e 78 deputados.
Em votos, a AD obteve 1.867.013 em 10 de março, contra os 1.812.469 do PS – uma diferença de 54.544 votos.
A maior diferença de votos entre os dois maiores partidos – PSD e PS – aconteceu em 1987, quando Cavaco Silva conseguiu a sua primeira maioria absoluta. Nessas eleições de julho de 1987, os sociais-democratas recolheram 2.850.784 votos e os socialistas 1.262.506. Ou seja, a diferença foi de mais de 1,5 milhões de votos.
Em 10 de março, o PS, com 28%, teve o seu pior resultado, em termos percentuais, desde 1987, ano em que obteve 22,2%. Em 2011, os socialistas, com José Sócrates, conseguiram 28,06%, mais seis décimas do que nas eleições mais recentes.
Segundo os resultados provisórios, a AD de Luís Montenegro, com PSD, CDS e PPM, com 28,84%, teve mais uma décima do que o PSD em 2005, quando concorreu sozinho sob a liderança de Manuela Ferreira Leite.
Nas legislativas de 10 de março, o Chega foi a terceira força política e obteve 18,07%, com 50 mandatos no novo parlamento.
A Iniciativa Liberal (IL) obteve 4,94% dos votos, com oito deputados, seguida do Bloco de Esquerda, com 4,36% e cinco deputados.
Também elegeram deputados o PCP, com 3,17% e quatro deputados, os mesmos que o Livre, com 3,16%. O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) manteve a sua deputada, com 1,95%.