Comissão Política Nacional do PS reúne-se para discutir situação política
Porto Canal / Agências
A Comissão Política Nacional do PS reúne-se esta quinta-feira para analisar a situação política, numa altura em que o secretário-geral socialista assumiu que o partido quer fazer uma oposição forte mas responsável, disponibilizando-se a viabilizar um Orçamento retificativo da AD.
A reunião está agendada para as 21h00 na sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, e decorre numa altura em que o PS está a reunir os seus órgãos nacionais esta semana.
Na segunda-feira, reuniu-se o Secretariado Nacional do partido e, para sábado, está agendada uma reunião da Comissão Nacional do PS, órgão deliberativo máximo do partido entre congressos, em Viseu.
Desde a noite eleitoral, em 10 de março, o secretário-geral do PS só prestou declarações aos jornalistas na terça-feira, após uma audiência com o Presidente da República no Palácio de Belém.
Nessa ocasião, Pedro Nuno Santos sublinhou que, tendo em conta que o PS não tinha uma maioria a apresentar nem era expectável que viesse a ganhar as eleições após o apuramento dos resultados eleitorais dos círculos da emigração, cabia ao partido “liderar a oposição”.
Salientando que o partido será “uma oposição estável, forte e sólida”, o líder socialista ressalvou que isso não significa que não será responsável e, apesar de se opor a iniciativas com as quais não concorda, não recusa entendimentos “em matérias onde há pontos de vista comum”.
Desde logo, Pedro Nuno Santos manifestou-se disponível para viabilizar um Orçamento retificativo da AD que tenha como objetivo valorizar as grelhas salariais de professores, forças de segurança, profissionais de saúde e oficiais de justiça até ao início do verão. Disponibilizou-se ainda para participar na decisão sobre a futura localização do aeroporto de Lisboa.
Apesar disso, manteve a posição - que já tinha manifestado durante a campanha eleitoral - de que “é praticamente impossível” que o PS venha a viabilizar um Orçamento do Estado da AD, salientando que os programas são demasiado diferentes e que seria prejudicial para a democracia.