A Câmara de Vila Nova de Gaia destruiu no ano passado 1.350 ninhos de vespas asiáticas, mais 320 do que em 2022, e este ano já foram encontrados quase sete dezenas, foi esta segunda-feira revelado.

Em resposta à agência Lusa, a autarquia de Gaia, no distrito do Porto, revelou que o aparecimento de ninhos de vespa velutina, conhecida como ‘vespa asiática, “tem aumentado”.

Em 2022 foram destruídos neste concelho 1.030 ninhos, enquanto em 2023 o número subiu para 1.350.

A contabilidade desde 1 de janeiro deste ano vai em 68 ninhos de vespa asiática destruídos.

Questionada sobre custos com a operação, a Câmara de Gaia indicou que, no ano passado, gastou 6.150 euros neste âmbito.

Este valor contempla combustível, munições, líquido e outros equipamentos e não inclui os custos com o pessoal, especificou.

Em Gaia, a inativação de ninhos compete à Proteção Civil, através do Batalhão Sapadores Bombeiros.

Proveniente do sudeste asiático e distinta da vespa europeia, a vespa asiática é um inseto mais escuro e um pouco maior, de corpo aveludado e patas amarelas.

Ao alimentar-se de abelhas autóctones e outros insetos polinizadores, a vespa asiática coloca em risco todo o ecossistema e, por isso, representa uma preocupação para toda a comunidade.

Esta espécie de vespa predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004.

Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.

A vespa velutina foi detetada pela primeira vez em Portugal em 2011 na região de Viana do Castelo, tendo posteriormente expandido pelo noroeste e centro do país.