António Costa exerce voto e diz que vai aguardar pelos resultados das eleições como um "jogador que passa para a bancada"
Porto Canal
O primeiro-ministro demissionário António Costa mobilizou-ser esta manhã às urnas na Escola José Salvado Sampaio, em Lisboa, para exercer o seu direito de voto. Acompanhado pela esposa, Costa ainda teve de aguardar alguns minutos na fila antes de poder depositar o seu voto e depois deu declaraçõe aos jornalistas.
À saída da escola, António Costa saudou todos os que estão a prestar serviço cívico nas mesas de voto e noutras funções este domingo, assim como as forças de segurança.
Logo de seguida, destacou a importância do ato eleitoral deste domingo, sublinhando que estamos a apenas um mês de celebrar os 50 anos do 25 de Abril, e afirmou que "não há melhor forma de celebrar a democracia do que exercendo o direito ao voto". O apelo que eu faço a todas e todos, àqueles que ainda não fizeram, é que votem, escolham, decidam”, afirmou.
Quando questionado sobre como vai passar o dia e aguardar pelos resultados, António Costa comparou-se aos jogadores que passam para a bancada após décadas em campo, revelando que esta seria a primeira vez, em quase 30 anos, que não é candidato.
Questionado sobre a possibilidade de marcar presença no hotel lisboeta onde decorre esta noite eleitoral do PS, o primeiro-ministro afirmou que, em caso de um resultado desfavorável, estará lá para expressar solidariedade, mas se o resultado for positivo, não será necessário o seu comparecimento para celebrar.
António Costa foi também questionado sobre se, conhecendo o que sabe hoje, se teria demitido do cargo de primeiro-ministro, ao que respondeu que existem deveres de consciência que não têm um 'timing' específico. Explicou que tomou a decisão de renunciar às suas funções para proteger as instituições e evitar estar sob suspeição, mas que as decisões subsequentes, como a convocação de eleições, estão para lá do seu controlo e não deve ser reaberta essa discussão.
Descarta candidatura à Presidência da República
Quando questionado sobre uma eventual candidatura à Presidência da República daqui a dois anos, Costa descartou completamente essa possibilidade, afirmando que tem vocação para funções executivas e que as funções presidenciais não correspondem ao seu estilo político.
Acrescentou que, daqui a dois anos, ninguém precisará de se preocupar em votar nele para presidente do Conselho Europeu, enfatizando que o seu futuro pessoal não está em causa neste momento.