PS e AD percorrem ruas do Porto nas últimas horas de campanha
Porto Canal/Agências
A Aliança Democrática e o Partido Socialista cumpriram esta quinta-feira a tradicional passagem pela rua de Santa Catarina no Porto, mesmo debaixo de chuva.
No final da Arruada, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, fez um breve discurso de mobilização às centenas de pessoas que o acompanharam.
“Vamos apelar aos que votaram no PS em 2022, vamos apelar a todos os portugueses, àqueles que não estão nas televisões, nas redes sociais ou nas sondagens: ao povo que trabalha, que trabalhou a vida inteira, às mulheres de Portugal, para ganharmos no dia 10”, retorquiu.
O secretário-geral do PS comprometeu-se a “continuar a governar para o povo, para todo o povo português”, sublinhando que o partido quer “continuar a andar para a frente” e não quer dar “nem um passo para trás”.
“Vamos embora trabalhar, levar os nossos vizinhos, os nossos amigos, que cada um convença um indeciso para melhorar os vossos salários, as nossas pensões, o SNS. (…) A mudança boa é connosco, a mudança má é com eles. Connosco é para a frente: para a frente, Portugal”, afirmou.
Durante este percurso, em que esteve rodeado por um forte dispositivo de segurança, impedindo-o de entrar em grandes contactos com a população, Pedro Nuno Santos esteve acompanhado pela atleta olímpica Rosa Mota, pelo cabeça de lista do PS pelo Porto, Francisco Assis, e pelo número três dessa lista e ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
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Logo a seguir a Pedro Nuno Santos ter entrado no seu carro para sair da rua de Santa Catarina, a comitiva da Aliança Democrática arrancou precisamente o mesmo percurso que tinha sido feito pelo PS.
A meio do percurso, que durou cerca de 45 minutos e desembocou no local do comício, numa tenda transparente na praça Dom João I, Montenegro foi questionado pela comunicação social se estava animado.
"Muito, como se pode ver, acho que é a expressão daquilo que tem sido uma cada vez maior adesão das pessoas, dos portugueses, o que nos enche de responsabilidade, mas com a noção de que só no domingo é que há eleições. Nós vamos mobilizar os portugueses para uma grande mudança e para um ciclo de prosperidade e justiça em Portugal", declarou.
À pergunta se não tem medo da abstenção, manifestou confiança que “os portugueses vão ter uma boa participação no domingo”.
“Evidentemente que daqui até lá todo o esforço que pudermos fazer para motivar as portuguesas e os portugueses a escolher o seu futuro é um esforço positivo. E eu sei, eu sinto que este movimento de mudança vai ser mobilizador também para a participação", defendeu.
O líder do CDS-PP, Nuno Melo, manifestou a convicção de que esta era “a maior arruada” em que já participou em Santa Catarina, incluindo a de 2015 na coligação PSD/CDS-PP, Portugal à Frente.
A arruada começou muito confusa, com muitos encontrões na zona de comunicação social, antes de a estrutura de campanha conseguir formar uma bolha à volta dos líderes dos dois partidos.
Os cabeças de lista da AD pelo Porto, Miguel Guimarães, e por Viana do Castelo, Aguiar-Branco, os vice-presidentes do PSD Paulo Rangel, António Leitão Amaro, Margarida Balseiro Lopes e os dirigentes sociais-democratas Pedro Reis e Pedro Alves foram algumas das presenças nesta arruada.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.