Está na fase final a instalação dos painéis solares no Dragão Arena para a concretização da “Comunidade Estádio do Dragão”, no setor da Energia Renovável. O FC Porto e a Greenvolt criaram duas Comunidades de Energia no Dragão e no Olival, em abril de 2023.

 

 

 

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A “Comunidade Estádio do Dragão” tem como produtores o Pavilhão Dragão Arena, que está já em fase final de instalação. “Até ao final da época estaremos em autoconsumo”, garante gestor de infraestruturas externas do FC Porto, Diogo Maia, em declarações ao Porto Canal.

A Piscina de Campanhã é uma infraestrutura que já tem autoconsumo da energia que é produzida através dos painéis solares instalados na cobertura. A “Comunidade Estádio do Dragão”, que tem estas duas infraestruturas como membros produtores, terá, quando terminada, um total de 955 painéis solares fotovoltaicos, com uma capacidade de 520 kWh que permitirá gerar 678 MWh anualmente.

Quer a Piscina de Campanhã, quer o Olival, através da a “Comunidade Centro de Treinos FC Porto Olival”, já entraram num autoconsumo de energia no “início de janeiro” deste ano.

O projeto, explica Marco Paiva, responsável pelas infraestruturas do Dragão e Dragão Arena, vão permitir tarifas de eletricidade mais baixas, sem investimento. “Para o FC Porto não tem custos nenhuns. É uma parceria que temos com a Greenvolt. Eles fazem a instalação do sistema e assumem o custo da instalação e manutenção do sistema”, afirma, explicando que desta forma “o FC Porto usufrui de uma tarifa diferente de energia, ou seja, vamos comprar energia um bocadinho mais barata do que aquela que se pratica no mercado.”

A energia produzida nesta comunidade vai também ser partilhada com o Estádio do Dragão, a Casa do Dragão e o Vitalis Park (Constituição).

Além da produção de energia limpa, a “Comunidade Estádio do Dragão” irá disponibilizar também 22 carregadores que irá permitir descarbonizar a frota automóvel, destaca o FC Porto.

Já a “Comunidade Centro de Treinos FC Porto Olival”, em Vila Nova de Gaia, o Membro Produtor inicial desta Comunidade será o Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, que será também consumidor dos 730 MWh gerados anualmente pelos 1.038 painéis.

Com a criação destas duas comunidades, vão ser instalados cerca de 2.000 painéis solares, que vão ter capacidade para produzir cerca de 1.080 kWh, capazes de gerar mais de 1.400 MWh ao ano. “Estamos a produzir quase o dobro daquilo que podemos consumir”, aponta Diogo Maia ao Porto Canal.

Com a produção desta energia limpa o FC Porto vai reduzir em 370 toneladas ao ano nas emissões de CO2, o equivalente à plantação de quase 17.000árvores.

Pacto do Porto para o Clima

O FC Porto é um dos subscritores do Pacto do Porto para o Clima, uma iniciativa da Câmara Municipal do Porto que tem a ambição de antecipar a neutralidade carbónica para 2030.

Aquando da assinatura, Jorge Nuno Pinto da Costa lembrou que “o compromisso do FC Porto com a proteção do planeta é antigo” e que o clube tem todo o interesse em “assumir as suas responsabilidades para contribuir para que a cidade do Porto seja exemplar neste domínio”.

A cidade foi selecionada pela Comissão Europeia, revela a autarquia através do ‘website’ do Pacto, “para integrar o grupo das 100 Cidades Inteligentes e com Impacto neutro no clima, e como Cidade Missão, a ambição é que o Porto seja líder, a nível nacional e europeu, na ação climática, antecipando a neutralidade carbónica em 2030.

O município é o 4º mais populoso do país e o 3º mais densamente povoado.